Porque deixamos a felicidade sempre para depois?



O dia-a-dia de um profissional é sempre pesado, as obrigações profissionais sempre tomam uma boa parte do tempo de suas vidas, principalmente neste momento de transição onde as empresas estão cada vez mais enxutas e achatadas, fazendo mais com menos.

É natural que para atender as necessidades de sucesso, o profissional concentre todas as suas forças, tempo, dedicação na realização de suas atividades no trabalho, pois ele esta em busca de qualidade de vida e de uma vida com qualidade. Além disto, a sociedade cobra do profissional de sucesso alguns atributos como o melhor carro, a melhor casa, o melhor barco, o melhor terno, sempre cobra o mais, e mais, de forma constante e inflexível.

Reuniões estressantes, jantares intermináveis, metas irrealisticas, sem falar da política existente no mundo corporativo, onde a grande maioria almeja a mesma posição, ser o mais importante, ter a maior responsabilidade, enfim um mundo de cobranças intermináveis.

Mal acompanha o crescimento dos filhos, pouco participa da convivência social, leva serviço para a casa, se compromete de corpo e alma com a organização, e não me entendam mal, não estou querendo fazer nem uma apologia ao trabalho duro não, pois muito do que está descrito é parte de experiência própria, não é ficção não, é realidade.

Não me arrependo de nada do que fiz, a não ser de não estar presente na festa de aniversario de 15 anos de minha filha por ter que apresentar o “budget” na matriz nos Estados Unidos, e acredito que este foi o ponto de ruptura que me fez repensar minha carreira profissional, onde percebi que a vida pode ser muito simples de se viver, se tivermos consciência que a felicidade esta nos pequenos momentos, especiais momentos, que não conseguimos recuperar, e nem um dinheiro consegue comprar.

Tenho visto alguns amigos que sempre estiveram concentrados nas suas atividades de trabalho, sem férias, concentrados nos cargos e títulos que ocuparam que hoje estão apagados na memória daqueles que estiveram juntos, se perguntarem se valeu a pena tanto sacrifício, e que a felicidade que foi deixada para o final, não estava lá, muito pelo contrario.

A memória nas corporações é muito curta, em pouco espaço de tempo, a nossa participação se desaparece na bruma da vida corporativa, e ainda bem, pois as empresas devem viver do presente e não do passado.

O presente é onde tudo acontece, é aqui que precisamos vivenciar a felicidade a qual é composta de pequenos momentos, momentos únicos que muitas vezes nos passam despercebidos.

A felicidade esta mais próxima do que imaginamos, é preciso reconhece-lá, e o segredo para isto é a existência do equilíbrio entre a vida profissional e a vida social.  

Viva intensamente todos os momentos de sua vida, tenha discernimento, saiba que a vida passa rapidamente, que um dia a empresa passará e a única coisa que fica é sua família e os momentos felizes.

Seja Feliz!

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