Não procure emprego, procure a empregabilidade!

Em 2020 deverá haver sete vezes mais aparelhos conectados do que a quantidade de pessoas no mundo, o que indica uma tendência transformadora da sociedade (economia digital e mídias sociais), impactando também o ambiente corporativo.

Exigência de novas competências, mudanças demográficas, novas expectativas de valores em relação ao trabalho, aumento das redes colaborativas, descentralização das atividades corporativas e outros movimentos com forte impacto para a sociedade e corporação.

Com certeza a empresa do amanha não será como a empresa atual. Novas formas de operação, de fazer negócio, de organização, consequentemente a necessidade de um novo profissional.

Nestes momentos de mudança, o sucesso para a empregabilidade é se antecipar às mudanças, fazendo uma leitura deste novo ambiente, identificando as novas necessidades de qualificação profissional (conhecimento, habilidade e competência), e a partir disto, elaborar um plano para obter estes novos atributos.

As corporações deverão ser cada vez mais virtuais, descentralizadas, operando através de conexões remotas, reduzindo com isto a necessidade de custos com grandes locais para trabalho. Um dos motivadores é que elas precisam manter sua vantagem competitiva. Atualmente uma empresa entra em qualquer mercado de forma virtual, precisando apenas entregar o serviço ou produto vendido.

Sua organização deverá ser muito mais matricial, não existindo mais do que dois níveis hierárquicos, o qual será flexível, isto é, em alguns momentos o profissional será o líder em outros liderado.

Ela deverá trabalhar com parcerias, o que é diferente da terceirização. Na parceria a empresa não compra um serviço, ela divide o resultado, seja ele lucro ou prejuízo.

A unidade de produção deverá estar localizada em países que ofereçam o melhor custo e benefício, o que tornará qualquer empresa mais globalizada. Países como o Brasil, com o atual sistema tributário e trabalhista, possivelmente não será o mais atrativo.

Na revolução industrial a população deixou o campo para ir para a cidade. Saiu de casa para trabalhar na fabrica. Agora estamos fazendo o caminho inverso, estamos saindo da cidade e indo para o campo, saindo da empresa para trabalhar em casa.

Alvin Toffler nos anos 40s, em seu livro a Terceira Onda já previa que existiria a cabana eletrônica, onde a pessoa poderia interagir na sociedade sem sair de casa. Acho que já atingimos este estagio.

Vejam que o que mudou a sociedade não foi a tecnologia da informação, mas sim, o comércio eletrônico. A web deixou o mundo pequeno, acelerando e democratizando as informações.

Uma nova complexidade nascerá para a gestão da governança neste novo ambiente social e empresarial, novos riscos, e organizações mais complexas.

Ao meu ver, o profissional para esta nova situação precisa no mínimo:

  • Ser generalista,
  • Visionário,
  • Conectado em todas as midias,
  • Auto-motivado,
  • Flexível para trabalhar matricialmente,
  • Focado em criar soluções,
  • No mínimo bilingue,
  • Comprometido com a ética e as melhores práticas,
  • Disciplinado na entrega dos serviços e/ou produtos,
  • Empreendedor,
  • Risk Taker,
  • Humilde e agregador,
  • Participativo e desenvolvedor,
  • Direcionado para trabalhar com pessoas. 

Creio que parte do desemprego atual é motivado pelos ajustes das empresas dentro desta visão. Muitos dos profissionais desempregados não deverão retornar para o mercado, pelo menos, não nas mesmas condições anteriores.

Para que você consiga se manter no mercado, não se preocupe com o emprego, mas com sua condição de empregabilidade. Não estou dizendo que você não precisa fazer um bom trabalho, não é isto.

Se você estiver empregado, faça o seu melhor, esteja comprometido com a empresa, mas, nunca deixe de olhar o que o mercado esta precisando! Não fique em sua zona de conforto, pois, as posições estão cada vez mais voláteis. Você dorme empregado e acorda desempregado.

Seja feliz!
 
 



 

 

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