Saturday, March 30, 2013

Processos de mudança acontecem e sempre acontecerão!



Se considerarmos que tudo se transforma, e que esta transformação é base para a evolução, podemos afirmar sem medo de errar que para manter a competitividade, seja na empresa ou para o individuo, é necessário sair do lugar comum, mudar, evoluir.

A resistência à mudança é parte do seu humano, quando entramos em nossa zona de conforto, é muito difícil sair. Como as corporações são constituídas por pessoas esta resistência à mudança acaba se tornando um valor cultural, podendo criar uma grande restrição à transformação e desempenho da organização.

A historia nos demonstra que diversas corporações que por miopia e resistência a mudança, ou pereceram ou passaram por muitas dificuldades até se restabelecerem em um novo patamar de negócios.

É interessante ver como as pessoas e/ou organizações criam racionais para não mudar, e vão vivendo esta mentira até dar conta que já não existe mais tempo para mudar, já é tarde. A operação esta deteriorada de tal maneira que sua recuperação é muito custosa e dolorida.

O mesmo acontece com os profissionais, trabalham em seu ritmo, tão focado em suas atividades diárias que não enxergam as mudanças no mundo dos negócios, mudanças estas que requer novas competências e habilidades dos executivos, tornando estes profissionais dedicados, que muitas vezes deixam suas famílias em segundo plano, ficando obsoletos para as novas necessidades do mercado, e quando isto acontece, o impacto é grande e muitas vezes irreversível.

Mudanças é um processo de transição entre uma situação atual e uma situação futura, e para que isto aconteça é necessário um planejamento, é um processo estruturado que deve levar em consideração as dimensões organizacional e pessoal.

A principal função do líder neste caso é criar um “desconforto” com a situação atual, definir e comunicar de forma clara a visão de onde a empresa esta, qual o caminho que deve seguir, qual a dimensão de tempo, recursos necessários e quais os riscos envolvidos neste caminho.

O monitoramento das atividades é importante para a manutenção do programa de mudanças, pois aspectos políticos e barreiras culturais são barreiras a serem transpostas, e podem alterar a velocidade e a orientação das mudanças.

Projetos de mudança requerem dos executivos a tomada de decisões difíceis e muitas vezes dolorosas, que normalmente já eram conhecidas, mas muitas vezes postergadas ou ocultadas.

Para o individuo, mudar de habito também exige sacrifícios, e muitas vezes esta mudança somente ocorre devido a alguma ruptura no “status quo”.
Isto me faz lembrar de uma pequena história que li em livro chamado – O que podemos aprender com os Gansos, do Alexandre Rangel, que certa vez um monge e seu discípulo estando em viagem pediram pousada em uma casa ao longo do caminho e na hora do jantar lhe serviram leite. O monge observou que a família era saudável, os campos eram férteis, com bastante espaço para a lavoura, mas em toda a terra somente pastava uma vaca de onde vinha o leite. Despediram-se e seguiram viagem, o monge observou no caminho que a vaca pastava a beira de um precipício e solicitou ao discípulo que empurrasse a vaca no precipício e o discípulo mesmo transtornado  cumpriu com a solicitação.

Depois de alguns anos o monge e o discípulo passaram por aquelas paragens e novamente pediram pousada naquela casa, e observaram que alguma coisa havia mudado, havia plantações, animais pastavam nos campos e todos se ocupavam com alguma tarefa. Na hora do jantar fora servido uma comida excelente. 

No outro dia o monge e o discípulo se despediram e agradeceram a acolhida, e no caminho o Monge disse ao discípulo, que se não tivessem jogado a vaca no precipício esta família nunca se desenvolveria, a mudança veio da necessidade.

Alguns podem se identificar com esta parábola, onde as mudanças em suas vidas somente aconteceram quando foram forçados a isto.  Outros com certeza um dia também serão levados a mudar, quem sabe de uma maneira menos sofrida.

Tenha em mente que um dia será chamado para a mudança, sem exceção, isto é parte da evolução!

Sejam felizes!

Sunday, March 17, 2013

O lider verdadeiro escolhe o caminho que quer trilhar!

Na atribulada vida que levamos, conectados 24 horas na web, seja trabalhando ou se nos relacionando diversos sites que existem para este fim, podemos ver pessoas e profissionais infelizes com a sua situação, sua posição, enfim com seu modo de viver.

O ser humano por natureza nunca esta contente com seu "status quo", esta sempre em busca de algo que muitos nem sabe o que é, mas isto é bom, pois a necessidade de mudar é combustível para a inovação.

O problema é quando as pessoas não estão contentes, ou se sentem frustradas e não fazem nada para mudar, passam a vida se lamentando...e vão morrer frustradas!

Seja no trabalho ou em casa podemos escutar frases como:

..."não posso mudar a vida", "estou esgotado", "estou aprisionado na rotina", "me sinto só'....etc.

Como diz o consultor Stephen Covey em seu livro O 8a. Hábito, a dor é pessoal e profunda, e quantos de nos não podemos nos identificar com muito destes comentários, na realidade acredito que todos em algum momento passou, esta passando ou passará por este questionamento, faz parte da natureza humana.


Quanto de nós não gostaria de modificar algo na sua vida, um novo rumo, novos objetivos, fazer parte de algo grandioso, alguma coisa para deixar um legado de nossa passagem por este mundo.
 
O professor Covey completa que a melhor maneira de abandonar o sofrimento e avançar em direção a uma solução duradoura é antes de qualquer coisa entender o problema ou a situação de forma clara, e que muitas vezes os nossos problemas ou desilusões procedem de um paradigma incompleto e profundamente falho que mina o sentimento de valor das pessoas, inibindo desta forma o seu talento e potencial.


É o medo do fracasso, da perda material, do que os outros irão pensar, de sua exposição e outros paradigmas que trazemos do berço, de nossas crenças e da cultura e sociedade que vivemos.

O rompimento com os antigos modos de pensar, enxergar e agir é fundamental para a encontrar uma solução.  

Nos escolhemos nossos caminhos, não é a vida que escolhe por nós, e sempre temos dois caminhos a escolher, e esta decisão é nossa e de mais ninguém. 

Podemos escolher um caminho bastante amplo e muito percorrido em direção à mediocridade; ou então podemos escolher um caminho percorrido por poucos que conduz a grandeza ao significado e contribuição, e veja não estou falando somente da riqueza material, pois a grandeza do ser independe de sua fortuna, e temos vários exemplos neste sentido.

Todos a qualquer momento da vida pode decidir deixar de forma consciente a sua forma de viver. Não importa por quanto tempo tenhamos seguido o caminho em direção à mediocridade, sempre podemos escolher trocar a nossa trajetória, nunca é tarde demais.

Esta é a diferença de um líder. Ele escolhe o seu caminho, caminho este onde possa expandir sua influência, independentemente de sua posição, inspirando pessoas com quem se importa suas equipes e suas organizações.


Então ao invés de ficar se lamentando, levante, entenda seus problemas e frustrações, olhe para um futuro diferente e siga em frente, e para isto você somente precisa querer mudar.

Não é fácil, persista, persisita e persista!

Pensem nisto!

Sunday, March 10, 2013

Sucesso empresarial baseado em cultura corporativa simples e disciplinada

Fazendo a leitura da revista Exame de 06/03/2013, me deparo com um artigo que fundamenta minha crença em que empresas pode sim crescer, inovar e se tornar organizações de sucesso, independentemente das condições negativas que o mercado Brasileiro oferece nas questões - sistema tributário, custo da força de trabalho e falta de uma estrutura de logística adequada.

Além disto, esta matéria demonstra ser possível ter vida empresarial  sem ter que ficar mendigando nos corredores de Brasília ou criando planejamentos tributários de consistência duvidosa.

Estou falando dos empresários brasileiros ex Banco Garantia, Lemann, Telles e Sucupira, que de uma maneira reservada, vem construindo uma maquina de negócios bilionários, inclusive ganhando a confiança do mega investidor Warrem Buffett dono de uma das maiores e de mais sucesso gestora de fundos, Berkshire Hathaway.

A uns bons 30 anos atrás, participei de uma operação onde o Banco Garantia estava envolvido, e naquela época me chamou muito atenção da, digamos, simplicidade dos escritórios do banco e também de seus representantes, muito diferentes dos outros players do mercado, com seus escritórios e estilos de vida extravagantes.

Vejo que até hoje, após alguns bilhões a mais, eles mantém esta cultura de "mão na massa', aprender com os melhores, trabalhar por metas, e trabalhar muito, mas muito mesmo, como diz a matéria, "eles não se contentam em impor metas e acompanhar o resultados a distância, eles sujam a mão para valer" 

Eles vão a fundo para entender a operação, uma aspecto fundamental para uma gestão de sucesso, fundamento este que aprenderam com o Sam Walton, fundador do Walmart, quando adquiriram as lojas Americanas, Mr. Walton era um adepto do " Management by walking around".

Eles tem a humildade de dizer que não sabem ou não conhecem sobre algum segmento, e então passam a visitar empresas para aprender e copiar boas ideias, porque perder tempo para aprender na tentativa e erro!

Da mesma forma, as nossas empresas que caminham na esteira do governo, ou que ficam perdendo seu precioso tempo reclamando dos impostos e do governo, deveriam aprender com este grupo, que sim, uma gestão seria e comprometida com o sucesso factível e ético pode se uma alavanca para a perenidade da organização.

Alguns itens para refletir:

  • Todos dentro da organização devem ter metas a cumprir, remuneração por resultados.
  • Acionistas, diretores e gestores devem sair do lugar comum e conhecer a empresa de forma compreensiva, isto é conhecer fazendo, como no caso deles na aquisição do Burger King, fritaram até hambúrgueres, ou em outro exemplo, viajaram com uniforme de maquinista, dormindo nos vagões.
  • Ter pessoas que comungam da mesma crença, com os mesmo objetivos e com a mesma condição de trabalho, isto é - ter gente com cabeça de dono.
  •  Paciência para construir negócios de sucesso. Compromisso no longo prazo.

Sejam  felizes!




Thursday, March 7, 2013

O futuro já é passado, vivemos o tempo das incertezas

Estava viajando pelo interior do centro sul dos Estados Unidos, mais precisamente pelo estado do Tennessee, em uma pequena cidade chamada Lynchburg, cidade natal de Mr. Daniel, o qual em 1866 fundou o que é hoje um ícone deste estado; a destilaria do famoso Jack Daniel. Neste momento meu celular tocou solicitando que participasse de um conference call, com pessoas dos quatro cantos do mundo. Em seguida pude receber, revisar, elaborar e enviar alguns relatórios e planilhas, tudo através de um pequeno smartphone, sentado em uma praça no meio do nada.

Este evento me fizera recordar uma passagem do livro “Terceira Onda” do escritor futurista Alvin Toffler, do final dos anos 70, o que inclusive, foi exaustivamente analisado durante meu curso de pós-graduação, onde ele mencionava que no futuro o trabalho poderia ser feito de forma remota utilizando o que denominava de “cabana eletrônica”, neste exato momento me dei conta que o futuro havia chegado, ou melhor, o futuro de Mr. Toffler já era passado!


Se pararmos, para refletir sobre a velocidade da mudança, e olharmos um pouco para trás, não muito longe, veremos que tecnologias como telex, máquina de datilografia elétrica, aparelho de fax, cartão perfurado, disquetes e outros, já não são mais lembradas. Os executivos mais novos nem sequer ouviram falar.
 

Até a pouco tempo atrás, o processo de comunicação era precário, caro e restrito. Uma organização, que detinha o monopólio de uma tecnologia ou conhecimento, tinha um longo tempo para consolidar sua operação, o qual podia levar 20, 30 anos até ser copiado pelos concorrentes. Como na era industrial o que contava era o patrimônio tangível, a força braçal e economia de escala, o caminho para geração de riqueza era crescimento e expansão da organização, passando pela internacionalização, colecionando país após país. O poder estava nas mãos de quem detinha a informação; a criatividade requerida da mão de obra era quase nula, o que importava era a capacidade dos empregados de fazer trabalhos sistemáticos e repetitivos.
 

Eram os tempos modernos, do saudoso Charles Chaplin. Grandes organizações, vários edifícios, grande número de empregados, baixa tecnologia aplicada, processos altamente complexos e burocráticos, até que em certo momento, 300 anos após a transição da sociedade baseada na agricultura para a sociedade industrial, por volta do inicio dos anos 60, o mundo começa a mudar, a se tornar mais ágil, novas técnicas de gestão vão nascendo e proliferando, a sociedade começa a mudar, a se tornar mais contestadora, mas o mundo continuava restrito aos países desenvolvidos.
 

Pois bem, 50 anos depois, isto é passado, é história!

Estamos tão absorvidos em nosso dia-a-dia, que não demos conta de que estamos vivenciando uma profunda revolução, a qual, acredito, somente se assemelha a mudança da sociedade agrícola para a sociedade industrial, rompendo e alterando os padrões conhecido da sociedade, das empresas, dos empregos, das instituições governamentais ou religiosas, enfim, um novo mundo, uma nova verdade está se formando, está em curso.
 

Com certeza, nenhum de nós passou por mudanças tão radicais, como estas que estão ocorrendo, por sorte nós, executivos brasileiros, vivenciamos e enfrentamos diversas crises institucionais, econômicas e financeiras, que nos deu uma condição única de encontrarmos soluções nos ambientes mais diversos e imagináveis. Isto não acontece nos países desenvolvidos, onde os executivos de 40/50 anos, nunca vivenciaram crises desta magnitude, o que me faz entender a perplexidade em que se encontram.
 

É uma grande ruptura de paradigmas, nunca se podia esperar a quebra do Leemman Brothers, ou a quebra da General Motors. É a era das incertezas, época do conhecimento, da inteligência, da informação. O mundo não está plano, está na realidade cada vez menor, sem fronteiras, e queiramos ou não, esta revolução não tem retorno, não tem controle, não temos certeza de nada, tudo esta em movimento constante, os padrões estão em crise, e esta acontecendo agora, neste exato momento.
 

Não sabemos como será o mercado, a sociedade, como as instituições irão operar, e nem como as empresas serão configuradas, somente sabemos que nada será como antes.
Vivemos em uma grande aldeia, a globalização está aí e apesar de tudo, é uma realidade. Não é possível contestar, empresas e profissionais competem globalmente. Não existe mais o monopólio do conhecimento porque este está se movendo rápido e livremente através do cyberspace, oferecendo condições de acesso amplo e irrestrito. É a democratização da informação. O mundo esta cada vez mais virtual, igual e padronizado.
 

Apesar da crise pela qual estamos passando, o capitalismo vai muito bem, principalmente se consideramos a adição de mercados, que até ontem eram socialistas. Imaginem o fluxo de comunidades que querem ter a qualidade de vida ocidental, ou pelo menos, a condição de escolha independente de como morar, viver, consumir, e etc. A natureza também está bem. Quem está com problema, somos nós, pobres seres humanos. A natureza, que sempre evolui, se ajusta para as novas necessidades, enquanto nós, é que temos dificuldade em nos adaptar.
 

Tudo isto está acontecendo na nossa frente, a um palmo de nosso nariz, contudo, dentro de nossas organizações continuamos discutindo com base no passado, elaborando planejamentos estratégicos e planos financeiros, levando em conta premissas de um mundo que já foi, e não voltará. Tenham certeza, que nos próximos 10 anos, existirão dois tipos de empresas: as falidas e as que mudaram.
 

Na era do conhecimento, os principais ativos de uma organização residem na mente das pessoas. Conhecimento e inteligência são intangíveis e inatingíveis, não é possível colocá-lo em uma caixinha. Este ativo, às 18 horas vai embora, ele é móvel, tem anseios, condição de julgamentos e o mais importante, oportunidade de escolha.
 

Muitas organizações ainda não se deram conta disto, tratam, ou melhor, não tratam seus principais recursos; os talentos, de forma adequada. Desconhece quem são, ignoram a criatividade e a diversidade, e não tem nenhum plano de retenção. Estas organizações, infelizmente irão perecer, devido à miopia operacional e baixa liderança estratégica, é uma questão de tempo.

Hoje em diversos mercados o diferencial esta baseado mais no atendimento, no design, na tecnologia embarcada, no suporte pós venda, na qualidade, do que no produto em si, exemplo é o automóvel, onde 80% de seu valor reside no design, qualidade e na assistência técnica.
 

A empresa que queira ter continuidade deve procurar, por um espaço de tempo, ser única. Oferecer um serviço único, e para isto, ela deve se reinventar sempre. Deve ter uma estrutura flexível, promovendo a criatividade e inovação, deixando fluir livremente em seu organismo. A mudança organizacional deve fazer parte de seu cotidiano, chefes e cargos fixos não existem nesta empresa, processos são trocados por projetos e a liderança estará baseada na gestão de pessoas, gestão de talentos, atraindo, retendo e motivando.
 

Ela deverá ter o melhor fornecedor, o melhor capital, o melhor talento, o melhor consultor, não importando onde estarão localizados. Operar globalmente e na diversidade será parte de seu DNA. Seus valores, missão e objetivos, serão muito mais abrangentes do que apenas gerar lucros, isto todas querem e nem sempre conseguem.
 

O futuro desta organização deverá ser criado, ao invés de meramente planejado, independente de tudo e de todos, movendo e mudando cada vez mais rápido, pois as respostas de hoje, não serão as respostas de amanhã.
 

A palavra chave, neste momento é “reinvente-se”, independentemente das complexidades, incertezas e 
inquietações que esta nova era nos oferece. As oportunidades estão lá fora para serem descobertas.
 

Pensem nisto e boa sorte!

Monday, March 4, 2013

A Nova Liderança

Outro dia iniciei uma reflexão sobre liderança, junto ao um grupo de ex-alunos da Wharton Business school, onde o tema principal era: “quais serão as competências e conhecimentos necessários para que o líder tenha sucesso nesta nova era”. 

É importante mencionar que os participantes deste grupo estão localizados ao redor do mundo, e foi muito interessante observar que apesar das diversidades culturais, nós dividimos a mesma visão sobre o tema liderança, comprovando que não existem fronteiras e nem barreiras, quando o assunto é liderança.

Solicitei que levassem em consideração que estamos apenas dando os primeiros passos no novo e desconhecido ambiente corporativo, onde a nova geração “brain based” não reconhece como totalmente verdadeira a hierarquia das necessidades de Abraham Maslow (1908-1970).


Como resultado, ousei elaborar o perfil do novo líder:


A nova forma de liderar será pelo exemplo, sendo autentico, com forte senso ético e com alto padrão de princípios. Apresentará seus valores sendo uma pessoa verdadeira, demonstrando claramente ao grupo que são estes valores que irão direcionar a equipe.


Forte autoconfiança será a ferramenta para criar inspiração e motivação às pessoas, de forma que saiam de sua área de conforto, quebrando paradigmas e se movam para um novo campo.
 

Deve ter forte habilidade de comunicação. De forma clara e consistente, deve inspirar as pessoas na busca da razão de suas existências, criando comprometimento, ajudando-as a focar no que realmente importa; o que faz diferença.
 

O novo líder tem que ter a capacidade de encarar o risco, combinando novas tecnologias, visão e valores.
 

Tem que estar preparado para as falhas que poderão acontecer durante a procura de novos negócios, ou durante a busca de novas fontes de lucratividade, demonstrando coragem em reconhecer suas fraquezas, bem como determinação para eliminá-las.
 

O novo líder promove a necessária liberdade para inovação em sua equipe, não punindo a falha, mais sim, utilizando-a como combustível para a melhora do desempenho e motivação do grupo.
 

Desenvolvimento de novos lideres é outra responsabilidade, capacitando, educando, e motivando os talentos a encontrarem um novo horizonte para suas vidas.
 

Isto significa que o novo líder tem que ter a capacidade de gerir as diversidades do negócio, das pessoas, de suas emoções, competências, sonhos, necessidades, extraindo o que de melhor estas pessoas tem para oferecer, complementando-se, construindo um relacionamento baseado na confiança e comprometimento.
 

O novo líder tem que criar e recriar o ambiente adequado, com energia positiva, para atrair e reter os talentos, movendo-os a um novo grau de satisfação.
 

Enfim, a nova liderança é sobre pessoas, provendo um excelente grau de otimismo e esperança, criando o ambiente necessário para que as oportunidades apareçam e melhore suas vidas.
 

Sejam felizes!

A Miopia Empresarial



Durante minha vida profissional, tenho visto organizações que no curto prazo tem um imenso sucesso, contudo quando observamos no longo prazo, esta empresa entra em uma espiral decrescente, levando muitas vezes à operação a morte.

No século II a.c, o grande estrategista, filósofo e general Chinês, Sun Tzu, já dizia que estar sempre preparado é a melhor condição para a sobrevivência, quando ele menciona em seu manuscrito “A arte da guerra” , que, “na guerra devemos nos preparar para a paz, e na paz nos prepararmos para a guerra”.

Notem a profundidade desta simples frase, que nos remete a estarmos sempre vigilantes e preparados para enfrentar as mudanças e as dificuldades que com certeza iremos nos deparar.  Não podemos nos acomodar e nem nos iludir com o sucesso, pois ele é efêmero e volátil. É importante também compreender que toda a organização social e seu progresso, dependem única e exclusivamente da atividade econômica, a qual é cíclica, e cada vez mais curta.
 
Pois bem, agora voltemos a nossa atenção para dentro das corporações, sejam elas familiares ou não, nacionais ou multinacionais, e podemos perguntar: Estamos nos preparando adequadamente para enfrentar os desafios que o futuro nos oferecerá?  Temos um plano estratégico realmente verdadeiro?  Nossos lideres estão preocupados com a sustentabilidade e perpetuação da operação? Temos boas informações para uma tomada de decisão eficaz? Como estamos gerindo nossos recursos humanos? Temos nossa organização comprometida com os objetivos estratégicos? Somos humildes o suficiente para compreender nossas fraquezas?

Minha experiência demonstra que muitas das perguntas acima ficarão sem uma resposta adequada. Muitas vezes quando questionado sobre o plano estratégico, o gestor mostra um material luxuosamente encadernado, repletos de gráficos e projeções, que infelizmente são meramente adornos de prateleira, pois ninguém, nem mesmo o gestor, lembram-se do conteúdo, ou sequer abriram o documento, tornando-o sem o mínimo significado operacional. Muitas vezes os gestores definem estratégias sem dar conta da cultura e valores existentes na organização, desconhecendo a importância destes dois itens que estão na base de todas as decisões.

Entender a cultura, valores e crenças de uma organização, faz parte da gestão de recursos humanos, o que muitas vezes, os lideres relegam esta atividade chave, ao simples controle operacional e documental, atuando em processos equivocados, sem nenhuma conseqüência eficaz e positiva na gestão de pessoas.


Outro tema de vital importância, é a qualidade do sistema de informações gerenciais. Tenho visto uma verdadeira colcha de retalhos, com muitos dados, mas nenhuma qualidade. É normal nestas organizações, a tomada de decisão baseada no número de vendas, e/ou pela posição do saldo bancário. Já encontrei gestores que nunca haviam visto uma demonstração de resultados, nem um fluxo de caixa e muito menos um balanço patrimonial, incrivelmente administravam por percepção, e depois não entendiam o porquê do declínio da operação.

O consultor e brilhante professor Jim Collins, em seu livro chamado ”Como algumas empresas bem sucedidas fracassam”, definiu as cinco fases importantes para o declínio de uma empresa.

A primeira é o excesso de confiança originado pelo sucesso, o que na realidade é exacerbação da arrogância e do poder, fazendo com que os orgulhosos gestores, não vejam os riscos inerentes que algumas posições, postura e decisões trazem.

A busca indisciplinada pelo crescimento é a segunda fase, conseqüência direta da primeira, onde a empresa busca o crescimento a qualquer custo, deixando de lado os fundamentos que a levaram à posição que se encontram. Por diversas vezes estas corporações se colocam em posição de risco desnecessariamente, seja por miopia estratégica, não observando o comportamento do mercado, ou fazendo investimentos de forma equivocada e desordenada, aumentado endividamento sem geração de caixa compatível, ou simplesmente pela falta de ação eficaz.  A melhor maneira de quebrar uma empresa é o crescimento não fundamentado.

A terceira fase é a negação do risco, neste momento a empresa não acredita nos primeiros sinais de que alguma coisa não esta certa; procuram-se culpados; como o mercado, concorrência e até a falta de sorte. Não vão à busca de entender e conhecer a verdadeira raiz do problema.

Após isto, iniciá-se a quarta fase; que é a corrida pela salvação, é quando a crise já está instalada e pode ser percebida por todos, neste momento a empresa procura uma solução como um novo CEO contratado a peso de ouro, ou uma fusão mágica que possa salvá-la da ruína.

E por último, é a fase da irrelevância ou morte, onde a viabilidade de recuperação está intimamente relacionada ao tempo que a empresa desperdiçou na fase acima. Neste momento, sua saúde financeira está na UTI, suas lideranças foram embora, e não existe nenhum plano de recuperação em vista, restando apenas ser adquirida ou infelizmente, fechar as portas.

Observem que em seu livro, o Prof. Collins cita como exemplos empresas da envergadura de uma Motorola, ou uma Compaq, Scott Paper, IBM e outras. Contudo, podemos sem duvida nenhuma, expandir esta pesquisa no mercado brasileiro que encontraremos empresas que passaram ou estão passando por estas quatro fases.

Até a montadora Toyota, pelo seu CEO, Mr. Toyoda reconheceu no final do ano passado, que a empresa estava passando por um momento que poderia ser relacionado às fases acima descritas, de tanto fazer o que deu certo, blindou-se para fazer as coisas diferentes, e agora, a maior montadora está em crise, que pode ser mortal, vai depender da flexibilidade de mudanças dos gestores.

Para concluir, quero citar novamente o general Sun Tzu, quando ele diz que “Estratégia sem tática é o caminho mais lento para a vitória, e tática sem estratégia é o ruído antes da derrota”

Sejam felizes!