Até o otimismo tem seus limites!
Algumas pesquisas demonstram que existe uma visão positiva para os próximos 24 meses, por parte dos empresários e executivos sobre as condições econômicas no Brasil.
É bem verdade que quando olhamos para o curto prazo encontramos uma inflação que preocupa, mas não assusta ainda, ouvimos um compromisso do ministro Mantega com as metas de poupança interna, além de existir uma situação de pleno emprego, e etc.
É bem verdade que quando olhamos para o curto prazo encontramos uma inflação que preocupa, mas não assusta ainda, ouvimos um compromisso do ministro Mantega com as metas de poupança interna, além de existir uma situação de pleno emprego, e etc.
Mas quando olho para 2015, por exemplo, não consigo manter meu otimismo, vejamos o seguinte:
O ano de 2014 é um ano atÃpico, pois teremos o evento da copa do
mundo, assunto este que tem sido discutido intensamente pela mÃdia, tirando o
foco da dura e real realidade de um PaÃs debilitado. Logo em seguida, haverá as
eleições, e depois entramos na fase de final de ano, e quando menos se espera,
entraremos em 2015, já pensando nas olimpÃadas!
Isto quer dizer que os reflexos da situação econômica na
qual vivemos somente serão sentidos em 2015, pois, as correções deverão acontecer, por mais que
se procrastinem, estas correções serão necessárias.
Uma das principais correções diz respeito a aumento do combustÃvel,
preço este que foi erroneamente represado ás custas da saúde financeira de uma
das maiores empresas brasileira.
Sabemos que está correção irá desencadear aumento nos custos
dos transportes, que por sua vez pressionará os alimentos e outros itens de
consumo, pressionando a inflação.
Alguns itens de nossa alimentação já estarão com seus preços
pressionados devido ao grande perÃodo de seca por qual passa a região sudeste,
e está mesma seca irá criar um ônus para os consumidores pelo aumento da tarifa
de água, esgoto, como também no custo da energia elétrica. O aumento do custo
da energia elétrica impacta diretamente no setor de transformação, que também
contribuirá para os aumentos dos preços no mercado.
Aquele ato populista de redução dos juros através de uma
ordem da presidência, já nasceu com seus dias contados, e já estamos
presenciando o seu fim, pois os juros subiram e devem seguir em alta, pois infelizmente é a única ferramenta
que a limitada área econômica tem para conter a crescente inflação.
Precisamos também levar em conta que o crescimento e
expansão do mercado e do PIB estão prejudicados, primeiro por que estamos
vivendo em pleno emprego, isto significa que falta mão de obra qualificada para
o crescimento das indústrias e empresas; e segundo devido falta de estrutura básica
para o escoamento da produção, agrÃcola ou de transformação. Podemos até mencionar que a falta de investimento nos últimos 20 anos na geração de
energia também contribui para limitar este crescimento.
Outro fato importante, que deve ser considerado, é a
redução dos investimentos externos no mercado brasileiro, e o motivo não é a
inflação e nem a fragilidade da economia, acho que isto não seria o problema,
pois, temos um mercado jovem e com vontade de consumir. O que
afugenta o investidor estrangeiro é quando o governo se torna maior do que as
instituições, com forte impacto no desrespeito aos contratos, isto sim é o problema.
Se não vamos receber dinheiro de fora, teremos que viver com
a nossa geração de riqueza, a qual está comprometida com previdência, serviços
públicos e serviços sociais, isto quer dizer existirá escassez de verbas para
investimentos. A população também está endividada, limitando a expansão do
mercado através de linhas de crédito, o qual será limitado e caro.
Posso até considerar uma desvalorização do real para o equilÃbrio das transações internacionais, reduzindo a capacidade de importação e melhorando a possibilidade de exportação, pois isto pode ser uma resposta a nossa tÃmida polÃtica de comercio exterior que não fez a lição de casa assinando acordos comerciais.
Vejam, independentemente de partido polÃtico, o nosso paÃs passa por um apagão de excelência na gestão, os problemas acima apontados, são reflexos disto.
Posso até considerar uma desvalorização do real para o equilÃbrio das transações internacionais, reduzindo a capacidade de importação e melhorando a possibilidade de exportação, pois isto pode ser uma resposta a nossa tÃmida polÃtica de comercio exterior que não fez a lição de casa assinando acordos comerciais.
Vejam, independentemente de partido polÃtico, o nosso paÃs passa por um apagão de excelência na gestão, os problemas acima apontados, são reflexos disto.
Quando faço esta
leitura, não consigo entender o otimismo dos executivos nos próximos 24 meses,
me parece, que estão se baseando de forma mÃope, no curtÃssimo prazo, o que não
seria uma novidade, pois temos uma dificuldade de enxergar a longo prazo.
Agora, isto não é o final do mundo, o importante é estar
preparado para passar por momentos conturbados, como?
·
- Tendo um plano continuo de redução “inteligente” de custos e despesas,
- Fazendo uma gestão de riscos corporativos de qualidade,
- Explorando as oportunidades de forma estratégica,
- Criando um ambiente interno de engajamento e observando as melhores práticas de gestão,
- Apoiando a inovação e mantendo talentos em seu quadro de colaboradores,
- Fundamentando uma governança corporativa adequada para seu negócio.
Não é tarde, ainda é possÃvel se preparar, mas é muito importante que a liderança esteja comprometida com a ética, com a sustentabilidade e com a perenidade da empresa.
Seja feliz!