Tuesday, December 17, 2013

Somos um país de empreendedores de baixo desempenho?


Já foi a época que ter um bom emprego era símbolo de realização e segurança. Este modelo, através das transformações vivenciadas no contexto de negócio está em fase de extinção.

Os avanços da tecnologia da informação principalmente quanto à mobilidade e conectividade, aliado ao volume e velocidade das informações está reescrevendo o mundo em diversos aspectos, inclusive na relação organização e trabalho. Na era do conhecimento que estamos entrando, as parcerias e a multiplicação do conhecimento são o novo ponto de inserção do ser humano, deixando para trás o antigo conceito de que o homem era apenas um fator de produção.

Desta forma o empreendedorismo, mas do que nunca, ganha força em todas as regiões do mundo, principalmente me nosso país, onde segundo o Global Enterpreneurship Monitor, existem quase 30 milhões de pessoas com um negócio próprio no Brasil, nos deixando na terceira posição, atrás apenas da China e dos Estados Unidos.

Segundo o SEBRAE, no Brasil existem sete milhões de pequenos negócios formais, que geram 67% dos empregos, 40% da massa salarial e 25% do PIB. Se considerarmos que para cada negócio formal existem outros dois informais, estes números serão mais robustos.

Baseado nisto, com certeza posso afirmar que o Brasil é um país empreendedor, ou melhor, um país formado por empreendedores, contudo, devido outra característica de nossa sociedade, a falta de planejamento e a filosofia que de que no final tudo da certo, o índice de mortalidade dos pequenos negócios é alto, segundo pesquisa do SEBRAE, 58% das PMEs não completam seu quinto ano de vida.

Porque isto ocorre?

Primeiro, além da falta de planejamento, existe a falta de preparo do empreendedor no processo de gestão. Boa parte dos pequenos empreendimentos iniciam suas atividades por uma necessidade, o que deverá aumentar com a ruptura tradicional da organização do trabalho. E este é o problema, simplesmente inicia, depois vamos ver o que acontece!

É valido dizer que também nunca tivemos escolas de empreendedorismo, isto é um tema recente nas instituições de ensino superior. O empreendedor tradicional ou conhecia o mercado consumidor ou detinha a tecnologia de produção, mas, sempre colocou de lado os fundamentos de uma administração eficaz para a adequada condução de seus negócios. Controlavam sua operação pelo faturamento, e se esqueciam do lucro; criavam modelos de precificação baseado em um índice de markup, sem sequer ter um adequado sistema de custeio e formação de preços; negligenciavam o sistema de controles e também o monitoramento dos resultados, além de muitos outros fatores.

O resultado desta situação era e é a oferta de produtos e serviços de baixo índice de inovação e também de baixo valor agregado, o que contribui de sobre maneira para a alta taxa de mortalidade das PMEs.

Alguns empreendimentos podem até ter sobrevivido desta maneira, mas com certeza, em um certo momento de sua vida teve que mudar para continuar vivo ou fundamentar seu crescimento.

Felizmente para o mercado empreendedor, e infelizmente para alguns empreendedores que ainda não enxergaram isto, com os novos requisitos legais e tributários, principalmente com o movimento da sociedade na solicitação de notas fiscais, o mercado está se depurando, e equalizando a condição de competitividade dos pequenos empreendimentos.

Neste cenário, somente os empreendimentos fundamentados nas melhores práticas de gestão é que serão sustentáveis a longo prazo, fortalecendo o empreendedorismo de alto desempenho, gerando empregos, renda, e desenvolvimento para o Brasil.

O PCE - Programa CrossOver de Empreendedorismo, vem justamente apoiar o empreendedor em seu desenvolvimento e capacitação para uma gestão de alto desempenho.

Sejam Felizes

Tuesday, December 10, 2013

É a crença que nos move?



Outro dia ouvi esta frase, que de alguma forma ficou latente em minha mente.  Antes de qualquer reflexão busquei entender qual a minha definição para a palavra crença, e de forma simples, para mim significa ter a convicção íntima de uma verdade, ou a ação de acreditar em algo ou em alguma coisa de maneira inquestionável.

Também entendi que a crença pode ser tanto positiva como negativa, posso acreditar que as coisas irão melhorar ou então que ficarão pior, é somente uma questão de ponto de vista, mais ou menos como a analogia do “meio copo d’água”, que você pode enxergar ele meio cheio ou meio vazio, dependerá somente de seu humor e de seu posicionamento.

O ser humano tem grandes dificuldades em crer em sua potencialidade e capacidade, e procuramos de alguma maneira depositar esta crença em um objeto inanimado como um amuleto, um talismã, uma estátua, ou qualquer outra coisa nos faça sentir que traga sorte, felicidade e/ou proteção.  

Não vou entrar no mérito da questão da funcionalidade ou não destes itens, até porque existem situações que ainda, acredito,  não estamos preparados para compreender. Se tudo é energia, como demonstra a física quantica, e a matéria nada mais é do que energia condensada, posso inferir que exista uma relação intima do pensamento positivo com o meio que nos cerca, o que é uma verdade também para os pensamentos negativos, mas isto é uma outra história.

Retornando ao tema, procurei refletir em como a crença nos move, de que forma que ela nos impulsiona para outras situações, que pode nos fazer sentir melhor ou pior. Neste diapasão, verifiquei que uma característica marcante de uma pessoa próspera é seu otimismo mesmo nos momentos mais difíceis. 

Eles acreditam que a dificuldade é momentânea e está habilidade de enxergar o positivo, os faz trabalhar mais arduamente e com maior foco, auxiliando assim,  a ultrapassar estes períodos de turbulência de forma eficaz.

O que posso comprovar, é que quando tenho atitudes positivas em momentos atribulados, fica mais fácil crer que as coisas logo irão melhorar, tornando o processo menos dolorido, entretanto, pelo menos para mim, não é nada fácil, ter pensamentos e crenças positivas no meio de uma forte tempestade. A tendência inicial é perguntar o porque da situação, ou então que não sou merecedor de tal constrangimento. Perdemos um tempo considerável nas lamentações, para depois sair na busca da diferença, acho que é uma questão de aprendizado e cultura!

Uma coisa é certa, quando acreditamos que depois da tempestade vem a bonança, e também acreditamos em nossa capacidade de superação, de ir além de nossos limites, com certeza nos movemos para a direção do sucesso, o que não podemos é esperar que tudo se realinhe sem que nos esforcemos para isto.

Não importa que aconteça, é na crença em nossa capacidade de renovação e também nas coisas positivas que o universo, que nos cerca, nos proporciona que encontramos força para continuar a caminhada.

O trabalho e a energia que dispensamos para pensar negativamente e pequeno, é o mesmo que utilizamos para pensar positivamente e grande, então mãos a obra, saiamos do marasmo e vamos ser feliz e com muito sucesso!

Enfim, ninguém está aqui neste mundo em férias! 
 

Sejam felizes!

Monday, December 2, 2013

Você está preparado para o Sucesso?



O filósofo grego Aristóteles definiu a palavra sucesso como sendo o ato de alcançar a felicidade.  Algumas correntes definem o sucesso como a obtenção de um resultado feliz, outras definem como aquele que atinge o resultado com êxito.

A grande verdade é que a palavra sucesso tem diversas conotações, e isto, depende muito da perspectiva de cada ser humano.

A busca pelo sucesso no mundo moderno é tão natural quanto o ato de respirar, e desde que nos entendemos como ser humano, buscamos ganhar mais, ter mais, ser mais poderoso, enfim alcançar tudo aquilo que mentalmente conceituamos com sendo uma pessoa bem sucedida.

Temos que ter consciência de qual estrada seguir para alcançar aquilo que consideramos como sendo sucesso, mas com muito cuidado, pois como bem salientou o Joseph Campbell, algumas pessoas passam sua vida escalando uma montanha para depois descobrir que chegaram ao topo da montanha errada!

Roberto Shinyashiki diz que o sucesso é ser feliz, trazendo outra dificuldade de interpretação, pois o que é felicidade? Desperdiçamos nossa a vida em busca da felicidade e muitas vezes não a encontramos, pois, normalmente a buscamos onde ela não esta.

Vários pensadores relacionam o sucesso com a felicidade, então quer dizer que se alcançarmos os nossas metas definidas com sendo o sucesso, e de uma forma ou de outra, não nos sentimos felizes, quer dizer que não alcançamos o sucesso; ou nos equivocamos na escolha das metas!

Vejam, por mais que pareça, não é simples conceituar sucesso, e tão pouco saber se estamos preparados para ele.  Para mim, de uma maneira muito simplista, 
sucesso não é um evento definido ou isolado, mas uma série de momentos e situações que nos traz a sensação de objetivo atingido, em diversas situações.

Sucesso é equilíbrio, é ultrapassar obstáculos, é conquistar uma vitória, é ter paz de espírito, é se sentir realizado, como profissional, marido, pai, amigo e como ser humano.  O sucesso é construído com trabalho árduo, com disciplina e otimismo.

Sucesso é fazer do mundo, em que vivemos, um lugar melhor e mais prazeroso, pois o sucesso é fazer a diferença de forma positiva, não somente para nós, mas para todos aqueles que nosso relacionamento possa alcançar!

Sejam felizes!

Saturday, November 23, 2013

A Governança Corporativa suporte para o sucesso empresarial.



A implantação de um processo para governança corporativa em uma organização deve ser muito bem planejada, pois em sua grande maioria, tem forte impacto na cultura existente nesta corporação, afetando as pessoas, suas atitudes, os processos e o seu modo de fazer negócio.

A alta gestão deve estar comprometida com este processo, e para isto, devem ter uma visão muito clara dos motivos que levaram a decidir por este caminho.

Governança é transparência nas atitudes, na comunicação, e nas informações enviadas para as partes relacionadas; é também tratar com justiça, todos aqueles que têm interesse nesta corporação, acionistas, colaboradores, clientes, fornecedores etc.

Além disto, governança corporativa requer uma forma abrangente de prestação de contas, em todos os seus níveis, de maneira que exista uma clara e transparente visão da realização do que foi planejado.

E por último, governança é responsabilidade corporativa, primeiramente com a ética nos negócios, e também com a comunidade que se relaciona com a organização, respeitando os princípios morais na condução dos seus negócios.

Governança é um processo de aprendizado contínuo, que deve ser constantemente revisto, ampliado e comunicado de modo efetivo. É um processo que todos devem estar envolvidos e comprometidos, pois, é um processo realizado através das pessoas, e pelas pessoas.

O papel da alta administração é crucial para o sucesso do processo, não somente pela comunicação das melhores práticas aos seus colaboradores, mas pelo exemplo nas atitudes dentro das atividades do dia a dia. Muitas vezes o exemplo tem um impacto muito mais efetivo do que somente a comunicação, e isto requer, mudanças de visão e comportamentos pelos ocupantes dos cargos chaves.

Uma boa governança requer bons fundamentos, isto é, não existe governança que não esteja amparada por um efetivo gerenciamento dos riscos corporativos, que por sua vez, não é possível, sem um processo de controles internos de excelência.  Desta forma, posso afirmar sem medo de errar, governança não é mais um processo dentro da organização, e sim “o” processo chave para a perenidade dela.

Agora o que motiva os gestores a seguir este caminho?

A grande motivação é a criação de valor para as partes relacionadas, o que representa que: se compararmos duas empresas, do mesmo tamanho, com as mesmas características de lucratividade e retorno, aquela que tive uma governança corporativa efetiva terá um valor maior do aquele que não tem. O motivo é simples: os investidores estão muito mais propensos em pagar um valor “Premium” para empresas com melhores fundamentos, é uma questão de avaliação de riscos.

Sendo assim, a empresas com boa governança, tem uma ampliação de suas linhas e possibilidades de financiamento, a um custo mais acessível, fortalecendo sua dinâmica de geração de caixa operacional e melhorando seu índice de retorno de investimento.

Qualquer empresa, seja de que tamanho for, deve ter em sua agenda o tema governança, pois é o impulsionador adequado de seu sucesso, de sua sustentabilidade, e de sua perenidade.

Sejam felizes!  

Wednesday, November 20, 2013

Os 10 passos que o empreendedor deve seguir para iniciar um negócio



Iniciar um empreendimento não é um processo simples, envolve uma série de decisões importantes que devem ser tomadas de forma fundamentada e estruturada. Isto envolve planejamento, questões de finanças, legais, estatutárias, localização e outras decisões chaves que serão base para o sucesso do empreendimento.

Para tornar este processo mais simples, definimos 10 passos importantes a ser seguido, para facilitar o planejamento, estruturação e gerenciamento do seu empreendimento.

Neste ponto você já sabe que tem perfil empreendedor e também já respondeu as 20 questões que lhe possibilitou pensar e refletir nos pontos significativos para iniciar um empreendimento, agora é necessário colocar todo este conhecimento obtido em prática:

Passo 1 – Elabore e formalize um plano de negócio

Apesar de intuição ser importante para o empreendedor, por melhor que seja ela não substitui a necessidade de ter um plano de negócio formal e detalhado.         Se você não tem um plano, você tem apenas um sonho.

Passo 2 – Tenha um mentor

A vida do empreendedor é muito solitária, pois somente você poderá e deverá tomar as decisões que podem criar ou destruir valor do empreendimento. Para prevenir decisões equivocadas, tenha um mentor para que você possa discutir e fazer as reflexões necessárias antes de tomar a decisão. 

Passo 3 – Escolha a localização

Dependendo da natureza de seu empreendimento, a localização é item fundamental para o seu sucesso, além disto, normalmente representa uma parcela significativa do valor do investimento e do seu custo operacional, toda prudência é importante neste quesito.

Passo 4 – Financie seu negócio

O financiamento pode ser através de capital próprio ou através de capital de terceiros. Uma decisão equivocada neste passo pode colocar em risco todo o empreendimento. Para isto é necessário ter uma visão de longo prazo da operação e isto deve ser avaliado no plano de negócio. Esteja preparado para ter um sócio, que pode ser um Angel fund, por exemplo.

Passo 5 – Determine a estrutura legal e estatutária

Outro item determinante para o sucesso é decidir sobre a melhor estrutura legal e estatutária para a empresa. Não esqueça que o sistema tributário no Brasil pode inviabilizar seu negócio. Conheça seus concorrentes e como eles estão formatados legalmente.

Passo 6 – Registre sua marca

Não deixe para depois, registre sua marca, logo ou nome fantasia, pois este é um ativo importante para seu empreendimento.

Passo 7 – Obtenha o seu CNPJ, licenças e permissões de operação

Comece corretamente, trate destes assuntos antecipadamente, não corra riscos desnecessários. Contrate um contador de confiança para obter sua condição legal e para fazer a manutenção fiscal e contábil da empresa. Tenha em mente que a contabilidade é base para seus controles financeiros e de lucratividade, não é apenas uma obrigação legal.

Passo 8 – Entenda as responsabilidades legais e também as responsabilidades como empregador

Tenha estas responsabilidades de forma clara e transparente, de forma a prevenir contra possíveis passivos legais e ou trabalhistas. Trate este assunto de forma ética e responsável.

Passo 9 – Selecione seus colaboradores

Se necessitar de mão de obra, conheça as de forma clara as habilidades, conhecimento e competências necessárias para a adequada condução das atividades. Não contrate pela emoção e nem pela amizade, seja profissional nesta decisão, tenha um apoio de profissionais especializados no quesito recursos humanos.

Passo 10 – Revise seu plano de negócio periodicamente

Plano de negócio deve ser seguido, e periodicamente deve ser revisto e ajustado para atual realidade. O empreendedor tem duas opções, fazer uma gestão de crise, não tendo um plano de negócio ou uma gestão de contingência, baseado em um planejamento baseado em riscos, a escolha é sua.

Tenha sempre em mente que a média de vida de 50% das micros, pequenas e médias empresas é menor do que 5 anos, que em sua grande maioria, é resultado da abdicação do empreendedor de alguns dos passos anteriormente descrito.