Sunday, June 23, 2013

As bolas de golf, a empresa e a nossa vida.



Muitos de vocês já devem ter tido a oportunidade de ler sobre a filosofia das bolas de golfes, mas sempre vale a pena relembrar:

“Um professor estava diante de sua classe de filosofia e na sua mesa havia alguns itens
Quando a aula começou, ele sem dizer uma palavra pegou um grande vaso vazio de vidro e começou a enchê-lo com bolas de golfe.
Ele então perguntou aos alunos se o vidro estava cheio.
Todos concordaram que sim, estava cheio.
O professor, então, pegou uma caixa de bolas de gude e despejou dentro do vidro. Ele agitou-o levemente.
As bolas de gude rolaram para os espaços entre as bolas de golfe.
Então, o professor perguntou novamente se o vidro estava completo.
E mais uma vez os alunos concordaram que estava.
O professor pegou uma caixa com areia e despejou dentro do vaso e a areia preencheu todos os espaços vazios.
Mais uma vez o professor perguntou se o vidro estava cheio..
Os alunos responderam com um unânime 'sim'.
O professor em seguida pegou uma garrafa de café que estava debaixo da mesa e despejou o conteúdo no vaso,
Os estudantes riram..
'Agora', disse o professor, 'eu quero que vocês reconheçam que este frasco é a VIDA.
As bolas de golfe são as coisas que importam --- Deus, sua família, seus filhos, sua saúde, seus amigos e suas paixões favoritas --- e se tudo estivesse perdido, elas continuariam ali e sua vida ainda estaria repleta.
As bolinhas de gude são as outras coisas que importam, como o seu emprego, sua casa e seu carro..
E a areia é todo o resto --- são as pequenas coisas.
"Se você colocar a areia primeiro no vidro ", ele continuou," não há espaço para as bolinhas de gude e nem para as bolas de golfe.
O mesmo vale para a vida.
Se gastar todo o seu tempo e energia com as pequenas coisas, você nunca vai ter espaço para as coisas que realmente importam para você.
Preste atenção às coisas que são determinantes para a sua felicidade.
Gaste tempo com seus filhos.
Gaste tempo com seus pais.
Visite seus avós.
Cuide da sua saúde.
Saia com seu cônjuge.
Haverá sempre tempo para limpar a casa e cortar a grama.
Sempre tome cuidado com as bolas de golfe primeiro --- as coisas que realmente importam.
Defina suas prioridades.
O resto é só areia.
Neste momento, um dos estudantes levantou a mão e perguntou o que o café representava.
O professor sorriu e disse: "Estou feliz que você perguntou."
O café só demonstra que não importa quão repleta sua vida possa parecer, há sempre espaço para um para tomar um café com um amigo!”

Gosto muito desta história, pois, ela nos demonstra a importância de conhecermos de forma clara e objetiva as nossas prioridades, isto é, aquilo que realmente nos importa, que faz a diferença, que faz a vida valer a pena.

Quantas vezes perdemos um tempo precioso com coisas pequenas e deixamos de lado aquilo que realmente faz a diferença, e isto não acontece somente em nossas vidas, acontecem também nas vidas das empresas, seja ela de que tamanho for, pequena ou grande, domestica ou multinacional.

Nestes últimos 35 anos, tive a possibilidade de vivenciar experiências em mais de uma dezena de corporações de todos os tamanhos e de diversas nacionalidades, e todas sem exceção, em diversos momentos e por razões distintas, perdiam um tempo precioso discutindo coisas que não tinham a menor importância para o alcance de seus objetivos.

Faltava foco e as prioridades não eram adequadamente definidas, além é lógico do cunho político existente nas dimensões organizacionais que direcionavam algumas discussões.

Sabemos que neste novo mundo dos negócios que se descortina não existirá espaço para as organizações que não tenham uma clara visão de seus objetivos, de sua missão. As empresas deverão ter um alinhamento claro e objetivo de seus processos operacionais com as metas estratégicas, foco no que importa e uma agenda baseada em definições de verdadeiras prioridades.

Lembrem-se sempre das bolas de golfes, não deixem que as pequenas coisas tornem suas vidas e as vidas de suas organizações repletas de coisas pequenas e sem significado.

Além disto, não importa quão atarefado você esteja, sempre haverá um tempo para parar e saborear um cafezinho!

Sejam Felizes!  

Saturday, June 15, 2013

Se os riscos são inerentes ao capitalismo, porque não olhamos para ele?



Sabemos que o risco faz parte de nossas vidas e também da vida das empresas, pois é a natureza do capitalismo, contudo boa parte das empresas e de seus executivos desconhece este tema tão importante para a perenidade da empresa. Uma pesquisa realizada pela Deloitte mostra que apesar de as empresas entrevistadas aumentarem seu interesse pelo assunto, 83% ainda avaliam não estar em um estagio maduro de governança, 59% não tem um comitê de risco e 61% classificam suas definições de indicadores de risco como irregular, insuficiente ou desconhecido.

A pergunta é, porque as organizações ainda relutam em ter uma gestão de risco como meio de atingir seus objetivos estratégicos?

Vamos primeiro entender que a gestão de risco esta intimamente associada a as boas práticas governança corporativa, e corporações que demonstram esta condição de um valor associado maior do que as empresas que não apresentam estas características. Segundo o IGC da BMFB demonstra que as empresas com governança de um desempenho de suas ações até 70% maior do que as que compõem o Ibovespa.

Além disto, estas empresas têm uma maior facilidade de acesso e menor custo de capital, maior retorno aos acionistas, maior certeza de criação de valor a longo-prazo, maior capacidade de atrair e reter talentos, além de outros benefícios.

A gerência corporativa precisa entender que os riscos futuros devem ser entendidos e mitigados no presente, de forma coordenada, pois se assim não for, com certeza no futuro esta mesma gerência estará gerenciando crises, se ainda tiver alguma chance de recuperação.

Nas minhas atividades diárias me defronto sempre com posicionamentos da alta e média administração afirmando que no processo não “existe” riscos, pois, esta tudo controlado, ou que a empresa não corre nenhum risco e assim por diante.

Isto demonstra um claro desconhecimento do conceito risco e governança por parte dos executivos, e acredite é mais normal do que você pode imaginar. 

Parte deste desconhecimento vem da qualidade de nosso ensino corporativo, pois vejo ainda que cursos denominados de “MBAs” de instituições brasileiras reconhecidas como de primeira linha, mal falam de gestão de riscos.

Outro motivo é a falta de humildade dos profissionais em reconhecer que o mundo esta em mutação, que as verdades de outrora já não são parte deste novo mundo que se descortina diante de nossos olhos, e que são necessárias outras habilidades e competências para gerir de forma eficaz um negócio. 

Encontramos este comportamento em estruturas multinacionais, mas é muito mais frequente nas empresas familiares.

Pois bem, estamos vivenciando uma transformação global profunda no mundo dos negócios, uma ruptura nos padrões de gestão, na dinâmica dos negócios, nos centros de poder e na forma de enxergar o mundo. A corporação que não estiver prestando atenção à turbulência ao seu redor com certeza terá problemas de continuidade.

Atualmente a capacidade de se antecipar às ameaças inerentes ao mundo dos negócios é essencial para o sucesso e perpetuação da organização, e não pode ser visto como um custo desnecessário, na realidade é um investimento que qualquer empresa seja de que tamanho for, ou de que mercado seja, deveria considerar com muito carinho.

A boa noticia é que o mercado esta acordando para o tema de governança corporativa e gestão de riscos, o que por si só já é um ponto positivo, pois demonstra que alguns empresários e executivos já têm uma noção de que a criação de valor das organizações a longo-prazo passa por uma mudança na condução e gestão corporativa. Cada vez mais vejo uma preocupação com o aperfeiçoamento dos processos operacionais e o fortalecimento dos sistemas de controles internos, o que é extremamente positivo.

É um longo caminho, mas é um caminho que deve ser iniciado!

Seja Feliz!

Monday, June 10, 2013

Porque deixamos a felicidade sempre para depois?



O dia-a-dia de um profissional é sempre pesado, as obrigações profissionais sempre tomam uma boa parte do tempo de suas vidas, principalmente neste momento de transição onde as empresas estão cada vez mais enxutas e achatadas, fazendo mais com menos.

É natural que para atender as necessidades de sucesso, o profissional concentre todas as suas forças, tempo, dedicação na realização de suas atividades no trabalho, pois ele esta em busca de qualidade de vida e de uma vida com qualidade. Além disto, a sociedade cobra do profissional de sucesso alguns atributos como o melhor carro, a melhor casa, o melhor barco, o melhor terno, sempre cobra o mais, e mais, de forma constante e inflexível.

Reuniões estressantes, jantares intermináveis, metas irrealisticas, sem falar da política existente no mundo corporativo, onde a grande maioria almeja a mesma posição, ser o mais importante, ter a maior responsabilidade, enfim um mundo de cobranças intermináveis.

Mal acompanha o crescimento dos filhos, pouco participa da convivência social, leva serviço para a casa, se compromete de corpo e alma com a organização, e não me entendam mal, não estou querendo fazer nem uma apologia ao trabalho duro não, pois muito do que está descrito é parte de experiência própria, não é ficção não, é realidade.

Não me arrependo de nada do que fiz, a não ser de não estar presente na festa de aniversario de 15 anos de minha filha por ter que apresentar o “budget” na matriz nos Estados Unidos, e acredito que este foi o ponto de ruptura que me fez repensar minha carreira profissional, onde percebi que a vida pode ser muito simples de se viver, se tivermos consciência que a felicidade esta nos pequenos momentos, especiais momentos, que não conseguimos recuperar, e nem um dinheiro consegue comprar.

Tenho visto alguns amigos que sempre estiveram concentrados nas suas atividades de trabalho, sem férias, concentrados nos cargos e títulos que ocuparam que hoje estão apagados na memória daqueles que estiveram juntos, se perguntarem se valeu a pena tanto sacrifício, e que a felicidade que foi deixada para o final, não estava lá, muito pelo contrario.

A memória nas corporações é muito curta, em pouco espaço de tempo, a nossa participação se desaparece na bruma da vida corporativa, e ainda bem, pois as empresas devem viver do presente e não do passado.

O presente é onde tudo acontece, é aqui que precisamos vivenciar a felicidade a qual é composta de pequenos momentos, momentos únicos que muitas vezes nos passam despercebidos.

A felicidade esta mais próxima do que imaginamos, é preciso reconhece-lá, e o segredo para isto é a existência do equilíbrio entre a vida profissional e a vida social.  

Viva intensamente todos os momentos de sua vida, tenha discernimento, saiba que a vida passa rapidamente, que um dia a empresa passará e a única coisa que fica é sua família e os momentos felizes.

Seja Feliz!