Thursday, April 30, 2015

Você está preparado para os novos desafios profissionais?

Acho que é claro para todos, que uma nova economia esta surgindo, e com ela um novo modelo de se fazer negócios, também.

O Prof. Peter Drucker disse que: “O comércio eletrônico criou uma nova geografia mental, onde a distancia foi eliminada, criando uma nova e distinta dinâmica para a economia, sociedade e política mundial”.

É necessário compreender, que apesar do dinamismo resultante dos processos informatizados nas organizações, nada mudou até o advento do comércio eletrônico. Os sistemas informatizados apenas permitiram uma maior eficiência no processamento, (volume e velocidade), dos serviços que eram realizados manualmente.

Apesar disto, as empresas tem sido estruturadas, administradas e gerenciadas, como eram as empresas do século XVIII, na fase pós-revolução industrial. Não houve grandes mudanças nem na forma de liderança e nem na dinâmica de tomada de decisões, as quais continuaram hierarquizada e de alguma forma centralizada.

Empresas, organizadas neste formato, estão se tornando obsoletas rapidamente, pois as necessidades para se manter competitiva em um mercado altamente globalizado, necessita de um novo modelo organizacional, como também de um novo modelo de decisão e o mais importante, um nova forma de gestão dos recursos humanos.

Hoje já não é mais necessário contar com uma presença física para atuar no mercado, basta ter um eficiente processo de logística e distribuição, que possa entregar o produto e/ou serviço, na qualidade e no tempo requisitado pelo cliente.

A corporação desta nova economia, deverá ter as seguintes características básicas:
  • Estruturada em centros de trabalhos descentralizados, operando em uma plataforma virtual. Grandes e centralizados escritórios já não faz mais sentido em relação custo e benefício,
  • Organização enxuta, com uma dinâmica de decisão matricial, baseado em um modelo hierárquico, o mais "plano" possível,
  • Equipes multidisciplinares, operando em ciclo de negócios, não mais baseados em departamento,
  • Sua operação será formada por uma grande rede de parcerias integradas e globalizadas, com isto os processos de negócios serão mais flexíveis e virtuais, e executados em sua grande maioria de forma remota,
  • Grande foco nos processos de inovação, condição primária para a perpetuidade da empresa,
  • e uma gestão de pessoas com forte incentivo ao empreendedorismo, motivadas a correr riscos na busca de seus objetivos. 
Baseado nisto, podemos dizer que os empregos, a forma de remuneração e o relacionamento empresa-empregado, como conhecemos hoje, estão com seus dias contados. Eles deverão acompanhar as novas necessidades, e não é por acaso que esta nova geração de profissionais que estão chegando no mercado, já tem uma visão diferente, não reconhecendo mais o modelo de hierarquia das necessidade de Maslow como sendo uma verdade. 

Esta nova geração de profissionais são mais imediatistas, mais conectados, com boa capacidade multitarefa e com forte visão global. Buscam qualidade e conforto no ambiente de trabalho, e não se preocupam em estar ligados a uma empresa por muito tempo.

Então, podemos dizer que o profissional adequado para esta nova organização, deverá estar apto em trabalhar com equipes matriciais, onde algumas vezes será o líder e em outras o liderado, muitas vezes atuando de forma remota, conectado através de uma plataforma virtual. 

Deverá também, se sentir confortável com ambientes mais flexíveis, menos formais, e muito mais dinâmico, sem um padrão de horário e local pré-estipulado. Apesar de ser um especialista, deverá também, ter uma visão generalista dos ciclos de negócios e também de suas conexões e interfaces. E também é esperado, que este profissional trabalhe
fortemente baseado em objetivo. 

Rotina, possivelmente será coisa do passado.

A pergunta é: E você está preparado para este novo desafio? Se não estiver, é melhor então se preparar, pois isto não é futuro, já esta acontecendo....


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Friday, April 24, 2015

Empreendedor, está endividado? Veja algumas dicas de como proceder.


Segundo a Boa Vista SCPC, a inadimplência teve um acréscimo de 7.9%  no primeiro trimestre de 2015, comparado com o mesmo período de 2014. Este fato por si só tem forte impacto na saúde financeira das micros e pequenas empresas. Agora, inclua neste ambiente, que parte das famílias brasileiras estão endividadas e que a percepção de confiança na economia brasileira esta em baixa, o resultado somente pode ser um mercado em forte retração.

Este cenário traz um impacto negativo para todas as empresas, contudo as micro e pequenas são as mais atingidas, pois, são as que estão menos preparadas, gerencialmente falando, e também pela dificuldade de obtenção de linhas de crédito com custo mais acessíveis.

Muito bem, se seu empreendimento se encontra nesta situação, é muito importante não se desesperar, pois, as decisões devem ser tomadas de forma racional, com menor nível de emoção possível, o que sei que não é fácil.

Tenho visto famílias empreendedoras se desestruturem quando se deparam com esta situação. A grande maioria das pessoas querem ter liberdade, e o caminho mais escolhido para isto é o empreendedorismo, entretanto, é necessário estar preparado para as dificuldades que advém desta escolha, como por exemplo, trabalhar 24 horas ou então estar preparado para momentos difíceis e até para o fracasso. 

Toda e qualquer empresa, seja de que tamanho for, está a merce de crises, a diferença é como elas estão preparadas para enfrentar a crise. Com certeza aquelas que estiverem melhor estruturadas e controladas terão melhores chances de sucesso. 

E aqui um vai uma dica importante: Não importa o tamanho do empreendimento para estar minimamente estruturado e controlado, isto não é burocracia, é o que denomino de empreendedorismo racional, você pode ter um carrinho de pipoca, ou uma empresa de tecnologia, os fundamentos de gestão e governança são os mesmos!   

Muito bem, se sua empresa se encontra em uma situação de alto endividamento, sem caixa suficiente para liquidar as obrigações, atrasos, fornecimento de insumos e/ou mercadoria bloqueados ou trocando recebíveis, saiba que ainda é possível se recuperar, mas também tenha em mente que não será momentos agradáveis, além do que dependendo do nível de deterioração da estrutura e da dinâmica de negócio, esta situação pode ser irreversível. 

Veja abaixo algumas dicas que podem lhe auxiliar ajudar a sair desta situação:

1 - Separe o dinheiro da empresa do dinheiro do empreendedor. 

Este é um dos erros mais comum cometido pelo empreendedor que é utilizar-se do caixa da empresa para pagamento de suas despesas pessoais. O caixa da empresa é para liquidar obrigações da empresa; o empreendedor receberá um salario ou pro-labore, se sobrar para isto. Deve haver uma segregação clara e formal do que é capital da empresa e do que dinheiro do empreendedor.

Se você esta nesta situação, relacione todas as despesas e separe o que é da empresa e o que sua, pois deverão ser tratadas de maneira segregadas. Para uma negociação co credores é muito importante ter uma visão transparente do fluxo de caixa da empresa.

2 - Relacione toda a divida com fornecedores, bancos e funcionário.

Elabore uma lista de todas as dividias existentes, atrasadas e as a vencer, por fornecedor, bancos e funcionários. Tenha também as informações sobre juros e multas incidentes sobre o atraso destas obrigações.

3 - Faça uma estimativas de suas vendas.

Para a uma negociação sadia é muito importante conhecer como serão as entradas de caixa futuras, primeiro para ter ciência se serão suficientes para o pagamento do alongamento da divida, bem como para financiar as operações da empresa. Seja conservador nesta analise, faça com base no histórico existente!

4 - Veja quais ativos podem ser vendidos.

Verifique se existe algum ativo que possa se vendido para capitalização da empresa, pois pode ser que em alguma negociação seja necessário ter esta informação disponível.

5 - Negocie, negocie e negocie

Não se intimide com a pressão dos credores. Crie um plano de negociação, iniciando por aqueles que são prioritários para a sobrevivência da empresa. Se prepare para demonstrar que a empresa tem futuro e que é muito importante para o credor apoiar a empresa para sair desta situação. A segunda etapa deve ser com as dividas que tem juros mais altos, negocie objetivando o alongamento da divida e a redução dos encargos sobre os atrasos. Tenha em mente que algumas vezes é melhor trocar a divida mais cara por uma mais barata, esta também é uma alternativa. Uma vez negociado, se comprometa com o que foi acordado, por isso, não aceite nada que não possa cumprir.

Estes cinco pontos acima tem como finalidade auxiliar na condução das atividades em uma situação de endividamento, e com certeza não é uma situação simples e nem confortável, por isso, é importante que você, empreendedor, esteja aberto para mudanças e também para o fracasso, pois nem sempre se conseguirá sair desta situação. 

Lembre-se também que a grande maioria das vezes esta situação foi originada pela falta de uma gestão baseada em controles e em planejamento, e isto, não é burocracia, mas condição de sustentabilidade do empreendimento.  Gerenciar o empreendimento olhando somente para o faturamento, não ter um modelo de custeio e precificação apropriado, utilizar os critérios de mark-up, erroneamente utilizado no varejo, não contar com um fluxo de caixa, e não ter um plano de negócio, é o caminho mais curto para o fracasso do empreendedor.

Boa sorte!