Friday, August 30, 2013

Gestão de crise ou Gestão de contingências, a escolha é sua!



 

“Quando mais suamos nos treinamentos, menos sangramos na batalha”.
Vince Lombardi

Uma das poucas certezas que temos é que em algum momento iremos enfrentar uma crise, seja na organização ou em nossa vida pessoal; isto faz parte de um ciclo, que estão acontecendo em tempos cada vez mais reduzidos.

As crises são parte da vida, colapsos e rupturas do sistema vigente é o combustível para a inovação; ela nos empurra para encontrar soluções  
inteligentes e mais competitivas.

Hoje, com a convergência global, o impacto das crises são mais abrangentes e muito mais rápidas, quem não estiver atento ou interligado terá uma grande chance de ser o último a saber.

A escolha de como vamos enfrentar a crise é somente nossa, como gestores de nossa vida ou de nossas corporações.

Com certeza o custo da gestão de crise é muito maior do que o custo da gestão contingencial, pois neste caos, já antecipamos as ações necessárias para neutralizar o impacto deste evento, enquanto que na crise, não sabemos como proceder e a solução passa por um processo de uma série de tentativas e erros.

Muitas vezes o custo de não fazer nada, é muito maior do que se antecipar aos possíveis riscos inerentes à empresa.

Os eventos geradores de crise podem ser internos e externos, a grande diferença é que a crise externa é uma variável que não esta totalmente sob o nosso controle, enquanto que na área interna os eventos estão sob nosso controle.

Os motivadores externos são: entrada de um novo player no mercado, economia setorial ou global, preços internacionais, nova legislação etc. Os internos têm como origem: os processos sucessórios, deficiência ou falta de um planejamento estratégico, gestão de caixa ineficiente, falta de competência e habilidades adequadas dos colaboradores, falta de informações gerenciais confiáveis, mudanças de mercado não percebidas etc.

O grande segredo para enfrentar estes eventos é estar preparado através de um processo de gestão de riscos, além de:

·         Ter uma organização enxuta com colaboradores com a competência, conhecimento e habilidades adequadas,
·         Ter um sistema eficaz de informação e mensuração gerencial,
·         Alavancagem financeira alinhada com a capacidade e apetite a risco da organização,
·         Investimentos com retornos compatíveis a geração de caixa da organização,
·         Geração de caixa sustentável,
·         Um adequado processo de governança corporativa,
·         Um sistema de controles internos eficiente, econômico e eficaz.
·         Otimização do capital aplicado.

Além disto, é necessário um processo de comunicação transparente com toda a organização, para que todos, em todos os níveis saibam os objetivos com transparência, isto é um grande fator de geração de confiança e comprometimento.

É importante que exista um programa de gestão de custo sustentável, atitude esta que deve estar enraizada na cultura organizacional e deve fazer parte da mensuração do desempenho individual.

Contudo, o que fazer se não fizemos a lição de casa acima e temos que lidar com a crise?

Antes de qualquer coisa devemos proteger a reputação da organização, e trabalhar a questão sobrevivência com as seguintes ações:

·         Foco no caixa – Nada é mais relevante do que a manutenção mínima do fluxo de caixa e sua geração,
·         Crie senso de “urgência” corporativa,
·         Crie prioridades – proteção dos salários, manutenção dos fornecedores estratégicos, atenção com as operações bancarias, e forte controle nos impostos.
·         Negocie, negocie e negocie!

Novamente, a gestão de crise, tem um custo mais elevado, cria ineficiência, pois o comprometimento e motivação dos colaboradores são afetados, perdemos o crédito, aumentamos os gastos com juros sobre atraso, e etc., além disto, não é certeza de sobrevivência!

A escolha é sua, qual você escolhe?

Seja Feliz!

Monday, August 26, 2013

O complexo processo de ser simples!



O ser humano tem uma grande característica que é a de tornar sua vida complexa, por não acreditar que aquilo que é simples tem alguma valia, ou está correto. Buscamos respostas complexas, e quando encontramos respostas simples, temos duvida de sua veracidade, perguntando: isto é simples assim? Está correto?

Deixamos de ver as pequenas coisas e/ou momentos que estão ao nosso redor que podem nos fazer realmente felizes, porque estamos buscando a felicidade em coisas efêmeras em locais distantes.

Na realidade não sabemos lidar com a simplicidade, construímos grandes obstáculos ao invés de construirmos pontes, nos iludimos na busca de objetivos inatingíveis, nos endividamos na busca de ativos que não nos traz o retorno compatível com o seu valor, enfim, criamos nossos próprios pesadelos.

Este mesmo conceito, levamos para as empresas, não acreditamos nas soluções simples para os problemas. Construímos estruturas complexas de gestão, processos e sistemas intermináveis, objetivos estratégicos desalinhados, dimensionamos as organizações corporativas acima do necessário, buscamos o crescimento a qualquer custo, e etc.

Criamos excessos, tornamos as empresas ineficientes, e extremamente lentas em suas decisões e ações. Tenho me deparado com organizações completamente desalinhadas entre pessoas, processos e estratégia, prejudicando sua sobrevivência e competitividade no mercado onde atua.

Trazer a simplicidade para a nossa vida, seja ela corporativa ou não, não é abdicar da inovação, ter menos ambição, ou até reconhecer quando o processo necessita de um pouco de complexidade, muito pelo contrario, é ter os objetivos simples e muito bem delineados e alinhados com a missão da organização e/ou com os nossos anseios pessoais.

Sim, precisamos progredir, acompanhar as mudanças, expandir nossas fronteiras, ultrapassar nossos limites, contudo, com organização e planejamento alinhados as nossas necessidades, prioridades, e dentro daquilo que realmente nos interessa.

As organizações devem alinhar seus processos e competência com os objetivos estratégicos o que por sua vez, devem estar alinhados com a missão da organização.

Outro conceito importante é que complexidade custa dinheiro, aumenta o custo, reduz a competitividade, rouba capital para inovação, cria endividamento e reduz drasticamente a condição das organizações passarem por momentos de crise, ou até de sua manutenção no mercado.

Na realidade ser simples, não é simples. Nosso desafio é buscar esta condição, é tornar isto uma atitude, um trabalho diário de simplificar o que pode ser simplificado.

Sejam felizes.