A utopia de um sistema corporativo a prova de irregularidades.



Vejo muitas vezes discussões no meio corporativo sobre as formas de evitar fraudes e irregularidades dentro de uma organização. São discussões e debates importantes, que ajudam a melhorar a qualidade dos processos e seus controles internos, e devem acontecer sempre junto aos tomadores de decisões.

Falamos em barreiras de defesa, discutimos a graduação e responsabilidades sobre cada uma das defesas existentes, contudo, apesar disto as fraudes e irregularidades continuam acontecendo.

Organismos como o COSO, Intosai, AICPA, e outros por ai a fora, continuam seus estudos, publicando material técnico para evitar estes eventos. Sem contar a legislação de alguns países que atuam fortemente para minimizar as ocorrências de eventos relacionados com fraudes e irregularidades.

Mesmo assim, entre uma noticia e outra, sempre existe uma noticia sobre atividades fraudulentas no mundo corporativo.

E porque, apesar de tudo, isto ainda ocorre?

E a resposta é clara, pois apesar de toda a tecnologia que podemos aplicar nos processos de gestão, temos que confiar nas pessoas que estão por trás de todos os processos e nas posições de tomada de decisões.

Então, todo o trabalho para evitar estas irregularidades e/ou uma gestão não ética, é em vão?

E a resposta é não, não são em vão, muito pelo contrário, elas adicionam valor às organizações através da eficiência e eficácia operacional, a busca da integridade das informações, e da salvaguarda dos ativos.

Os lideres precisam ter claro em suas mentes que não podemos evitar, mas podemos minimizar a ocorrência destes eventos com bons processos de gestão de risco, controles internos e governança corporativa.

Também devem trabalhar muito fortemente junto a área de recursos humanos, para que o processo de seleção de profissionais possa, na medida do possível, ser conduzido de forma a minimizar a contratação de pessoas não alinhadas aos valores corporativos.

Deve haver também, um forte posicionamento da alta gestão sobre a política de “tolerância zero” para este tipo de evento, devendo se amplamente comunicado a toda organização.  Lembrando que isto não pode ficar apenas no discurso, mas deve ser exemplificado pela alta gestão. O exemplo é muito mais forte do que apenas o discurso.

Com as novas tecnologias, com a descentralização física dos escritórios e com a mobilidade das atividades e dos acessos remotos ao sistema corporativo, se torna cada vez mais importante e crucial, ter pessoas comprometidas com a estratégia da empresa, motivadas e alinhadas com os valores da organização e com suas melhores práticas de gestão.

Mas tenhamos em mente que apesar de todos nossos esforços, não podemos descansar e nem relaxar, pois o risco continua existindo!

Sejam felizes!

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