Monday, October 21, 2013

Você já pensou em ter seu negócio próprio? Veja se você tem perfil para o Empreendedorismo?



Iniciar o seu próprio negócio pode ser uma experiência excitante e recompensadora, pois oferecer inúmeras vantagens, como por exemplo: ser seu próprio patrão, definir o seu horário e fazer algo que você realmente goste.

Antes de qualquer coisa você precisa saber que ser empreendedor não é um processo fácil. Tornar-se um empreendedor de sucesso, é mais difícil ainda, pois requer um planejamento detalhado, criatividade, perseverança, disciplina e muito trabalho, muito trabalho duro.

Um sonho, pode se tornar um pesadelo muito rapido!
 
Por isso antes de tomar a decisão de ter seu próprio negócio é muito importante que você considere alguns aspectos importantes da vida de um empreendedor.

Vejo muita gente que se ilude em imaginar que tem as características e habilidades certas para ser um empreendedor, e depois descobre que não “é bem isto que imaginava”, ai pode ser tarde para sair do processo sem nenhuma perda ou frustração.

Vamos analisar as características e habilidades comumente associados com empreendedores de sucesso:

Qual o seu conforto quanto a correr risco?
Ser seu próprio patrão também significa que você é o único a tomar decisões difíceis. Empreendedorismo envolve uma grande dose de incerteza. Em sua vida pessoal ou como profissional, você procura evitar a incerteza a qualquer custo? Tem aversão a risco? Se sua resposta for positiva, pense bem, o empreendedorismo pode não ser a decisão mais adequada para você. Se você gosta de fortes emoções, lida bem com a incerteza, e não tem problemas em correr riscos calculados, então pode continuar lendo este artigo.

Qual o seu grau de Independência?
Ser empreendedor é ser chamado constantemente a tomar muitas decisões por conta própria, sem ter com quem repartir.  Se você achar que você pode confiar em seus instintos e em suas habilidades, se você não tem medo de rejeição de vez em quando, ou nem de errar e reconhecer seus erros, você pode estar no caminho para se tornar um empreendedor. Siga em frente com a leitura.

Você é uma pessoa persuasiva?
Você pode ter a melhor ideia do mundo, contudo, se você não puder convencer os clientes, os colaboradores, potenciais financiadores ou parceiros; atenção pode ser que você ainda não esteja preparado para o empreendedorismo. Veja se você gosta de falar em público, se consegue envolver novas pessoas em seus projetos, com facilidade utilizando argumentos convincentes baseados em fatos. Se sua resposta for positiva, provavelmente você está no caminho certo. 

Qual a sua capacidade de negociação?
Como proprietário de uma pequena empresa, com certeza você terá de negociar tudo e com todos.  Do contrato de locação até as negociações com fornecedores e clientes. Isto requer, além da habilidade e polidez na negociação, como muito sangue frio. Este tópico ajudará a você economizar dinheiro e manter seu negócio funcionando sem muitos problemas.

Você é criativo?
Empreendedores devem ser capazes de pensar de forma criativa, pensar em novas ideias, novas soluções, enxergar fora do lugar comum. Você consegue enxergar novas oportunidades? Criar soluções inovadoras? Se Isto é uma verdade, então o empreendedorismo pode ser um bom projeto para você.

Você esta aberto para ter um Mentor?
É importante você ter apoio de um mentor, ou de uma instituição de apoio a empreendedorismo local. Veja que você será forçado a tomar muitas decisões importantes, especialmente nos primeiros momentos do processo de abertura de seu negócio. A forma menos arriscada é se apoiar em pessoas ou organizações, com experiência para lhe passar orientações e conselhos, isto pode economizar tempo e dinheiro, ao invés de ficar na tentativa e erro, contudo isto necessita de um bom grau de humildade do empreendedor.

Bem, se você chegou até aqui, aparentemente é porque você tem as características necessárias para ser um empreendedor, mas preste atenção, somente isto não é o suficiente para ter sucesso!

Baseado no artigo do USBA - United States Small business adminitration
 

Saturday, October 5, 2013

Uma nova inteligência, para um novo mundo corporativo!



O mundo corporativo como também o ambiente de negócios em que estão inseridos passam por uma grande crise de sustentabilidade, seja nos conceitos de gestão, seja no tratamento de seu capital humano ou em seus objetivos estratégicos.

Continuamos gerindo as empresas concentrados nos ganhos financeiros de curto prazo, e baseado nisto tomamos ações que muitas vezes não respeitam a manutenção do meio ambiente, dos recursos naturais, e nem a ética perante as partes relacionadas, sejam externas ou internas.

Isto cria forte pressão sobre os colaboradores da organização e também dos seus fornecedores para ser mais produtivos, atingirem objetivos mais ousados, com redução sistemática dos custos envolvidos.  É fazer mais, melhor e mais barato.

Não quero dizer com isto que não temos que perseguir a eficiência e economia dos processos e produtos, não é isto, o que não podemos fazer é somente olhar para o curto-prazo, ganhar por ganhar, ou estabelecer que o fim justifique os meios para obter, independentemente da ética e das práticas sustentáveis de gestão.

É certo que estamos vivenciando uma forte transição em todos os sentidos, não somente no ambiente corporativo, como também na sociedade e nos países. É só olhar para o lado que verificar que muito daquilo que considerávamos como sendo padrão ou como verdade, já não faz muito sentido, colocamos em duvida se continua sendo o caminho ou não.

Enfrentamos uma nova configuração mundial de forças econômicas, economias sólidas em crise, economias emergentes fazendo diferença no mercado, governos totalitários desmoronando, globalização e virtualização das organizações, processos, comunicação e dos relacionamentos B2B, B2C e pessoais.

Uma nova sociedade emerge como resultado da convergência dos relacionamentos pessoais e da democratização da informação, criando com isto uma crise de lideranças, nas organizações e nos governos, que teimam exercer a liderança da mesma maneira como era na revolução industrial, no inicio do século 20.

Neste tempo a medida da inteligência humana era o QI – Quociente de Inteligência, depois durante os anos 90, se verificou que somente o QI já não era o suficiente, e começou se tratar também do QE – Inteligência Emocional, pois, não bastava à pessoa ser um gênio, mas como ela reagia e enfrentava suas emoções, ela podia ser um gênio, mas se não soubesse trabalhar suas emoções, podia não desempenhar seu papel com excelência.

Pois bem, hoje, somente estes dois quocientes já não atende as necessidades das pessoas e dos gestores das organizações, pois agora, estamos a procura de um significado para desempenhar um papel na sociedade e na organização, precisamos de lideres que além da confiança, nos mostre este significado, que felizmente, não é somente o de ganhar dinheiro, é algo mais.

Para a nova geração, o ganho é consequência do desempenho de uma atividade o qual tem um significado para o aperfeiçoamento de uma sociedade, que acontece dentro de uma expectativa de qualidade de vida no desempenho desta atividade. A verdade é que não se trabalha somente por trabalhar.

É a era do conhecimento que esta se estabelecendo em um ambiente de negócio globalizado, rompendo com os padrões antigamente estabelecidos, como hierarquia, horário de trabalho, local fixo de trabalho etc.

A filósofa e física britânica, Dana Zohar discute a existência de um novo tipo de inteligência, muito importante para as novas lideranças, a qual ela denomina de QS – Inteligência Espiritual.

É um tanto polêmico, mas quando analisamos esta Inteligência Espiritual começa fazer sentido para entender um pouco mais o momento por qual passamos. Vejam não estamos falando de religião, estamos falando de novas necessidades como pessoa e profissionais.

Vejamos, Dana, define QS como sendo:

“Uma terceira inteligência, que coloca nossos atos e experiências num contexto mais amplo de sentido e valor, tornando-os mais efetivos. O QS aumenta nossos horizontes e nos torna mais criativos. É uma inteligência que nos impulsiona. É com ela que abordamos e solucionamos problemas de sentido e valor. O QS está ligado à necessidade humana de ter propósito na vida. É ele que usamos para desenvolver valores éticos e crenças que vão nortear nossas ações.”

Ela complementa,

“É o poder transformador. A inteligência emocional me permite julgar em que situação eu me encontro e me comportar apropriadamente dentro dos limites da situação. A inteligência espiritual me permite perguntar se quero estar nessa situação particular. Implica trabalhar com os limites da situação. O quociente espiritual tem a ver com o que algo significa para mim, e não apenas como as coisas afetam minha emoção e como eu reajo a isso.”

Como que o QS pode afetar as organizações?

No esteio de todas as mudanças, está surgindo um novo tipo de empresa, muito mais responsável, com visão de longo-prazo, que se preocupam com o meio ambiente, com a comunidade e no desenvolvimento integral de seus colaboradores. É uma nova fase do capitalismo, onde além da preocupação com o lucro e com a geração de caixa, as empresas irão investir parte dele na proteção do meio ambiente, na saúde, na educação de seus colaboradores e da comunidade onde opera.

Para isto, as empresas precisam de pessoas que queiram entregar mais do que é esperado e/ou requisitado de seu desempenho, alcançar objetivos além da organização, mais motivados, mais criativos e menos estressados.

Segundo Dana, a Inteligência Espiritual pode ser desenvolvida, e salienta também, que as pessoas dão tudo de si quando se tem um objetivo mais elevado para suas tarefas, para isto as empresas devem oferecer mais espaço para as pessoas fazerem algo a mais. Ela dez qualidades das pessoas que tem alto QS e que podem ser desenvolvidas pelas corporações, são elas:

1. Praticam e estimulam o autoconhecimento profundo.
2. São conduzidas por valores humanos. São idealistas e crêem na vida.
3. Têm capacidade de encarar desafios e utilizar a adversidade a seu favor.
4. São holísticas - têm a visão do todo integrado e a percepção da unidade.
5. Celebram a diversidade como fonte de beleza e aprendizado.
6. Têm independência de pensamento e comportamento.
7. Perguntam sempre "por quê?" e "para que". São agentes de transformações.
8. Têm capacidade de colocar as coisas e os temas num contexto mais amplo.
9. Têm espontaneidade de gestos e atitudes, e são equilibradas emocionalmente.
10. São sensíveis, fraternas e compassivas.

Para mim faz todo o sentido do mundo, espero que para você também, desta maneira podemos fortalecer nossas organizações para que sejam cada vez mais fortes e sustentáveis!

Sejam Felizes!

Thursday, October 3, 2013

O desconforto da economia, segundo Prof. Delfim Neto


Muita se fala da condição da economia Brasileira, notícias alarmantes sobre inflação, pequeno crescimento do PIB, mercado em retração e por ai vai.

Logicamente que devemos nos preocupar com esta situação, não podemos simplesmente achar que tudo esta a mil maravilhas, contudo, também não devemos exagerar em nosso pessimismo, pois ambas as situações são prejudiciais ao nosso País.

Como já mencionei em outros posts, para mim o grande problema do Brasil se chama "gestão de baixo desempenho" seja ela nas empresas públicas ou nos ministérios. Além disto temos dois grandes gargalos - infraestrutura deficiente e falta de mão de obra qualificada - que enquanto não forem resolvidos estaremos limitado em nosso crescimento.

Hoje fazendo a leitura dos jornais, me deparei com a coluna do Prof. Delfim na folha de São Paulo, a qual quero compartilhar com vocês, pois vai de encontro com minhas expectativas. Vejam o texto abaixo na integra:


"A situação econômica no Brasil tem feito pouco progresso, mas não justifica o enorme pessimismo que se criou em torno dela. Os resultados das políticas fiscal e monetária não são confortáveis, mas não há qualquer indicação que a primeira seja insustentável, ainda que no longo prazo existam nuvens negras como a seguridade social não resolvida; ou que a segunda seja incapaz de manter a inflação dentro do intervalo da meta, ainda que o seu retorno ao centro exija a absorção de alguma inflação reprimida.

A política cambial foi corrigida pela ação do próprio mercado, não sem antes ter comprometido o setor industrial e acumulado mais de US$ 280 bilhões de déficit em conta corrente nos últimos seis anos.

Não há nada, portanto, que ponha em risco a nossa estabilidade. É o desconforto persistente e acumulado --sem clara resposta de reformas de longo prazo para atenuá-lo-- que: 1º) aumenta a dúvida do setor privado, reduz seus investimentos e sua confiança no governo; 2º) leva as agências de rating a ameaçar a classificação do Brasil e 3º) estimula reações raivosas de parte dos intermediários financeiros nacionais e internacionais aos quais não faltam "novidades" produzidas por 12 índices de preços semanais, quinzenais e mensais gratuitos e um índice diário oneroso. Por fim, mas não menos importante, 4º) propiciam mudanças rápidas de opiniões importantes como a da "Economist", na última semana.

No mesmo momento em que a presidente Dilma reafirmava num seminário em Nova York "que o equilíbrio das contas públicas é precondição para nosso crescimento" e que "precisamos não só dos recursos, mas da gestão do setor privado, que é mais eficiente, mais ágil e de menor custo, a "Economist", que colocara numa capa de 2009 o Cristo Redentor (o Brasil) decolando, reviu suas expectativas e publicou agora nova capa com Ele "estolando" e perguntando: "Eles estragaram tudo?".

A primeira observação é que a economia brasileira parece ter importância para merecer duas capas! A segunda é, gostemos ou não, a "Economist" é a revista econômica semanal mais lida no mundo por leigos e acadêmicos de todas as convicções ideológicas. Trata-se de uma instituição com as certezas e a arrogância que lhe conferem os seus 170 anos bem vividos (foi fundada em 1843 e já passou por dificuldades financeiras) na defesa intransigente da mesma tese: a liberdade dos mercados é a melhor solução para os problemas econômicos.

Deve ser entendida na sua importância e no seu dogmatismo, com o mesmo humor e ironia britânicos com que elogia ou critica. Certamente exagerou para o bem em 2009. Vingou-se exagerando para o mal em 2013. Exagerou, mas não inventou nada."