A empregabilidade no novo mundo corporativo.

Vivenciamos uma profunda mudança na sociedade e consequentemente no ambiente corporativo. Esta mudança é tão grande e profunda que afetará a forma como vivemos, como nos relacionamos e como trabalhamos.

As empresa passam por um momento delicado, pois as mudanças no mundo corporativo e dos negócios acontecem em uma velocidade maior do que sua capacidade de reação.

 O mesmo acontece com os profissionais que ainda não se conscientizaram que o mundo mudou e que os requisitos e atributos para o sucesso e sustentabilidade profissional são outros.

A crise econômica interna que enfrentamos, apesar de todas as consequências negativas que ela traz, também tem seu lado positivo, pois ela nos "motiva" a sair de nossa zona de conforto.

Estes momentos de incertezas tem forte impacto para os profissionais que estão empregados, bem como com para aqueles que estão a busca de uma nova posição. Para ambos é um momento de reflexão e compreensão, pois o seu sucesso dependerá do entendimento de como será esta nova dinâmica no cenário corporativo, principalmente quanto a estrutura organizacional e o relacionamento com a força de trabalho.

A nova empresa, na era do conhecimento, será muito mais matricial, virtual, flexível e estruturada através de parcerias globais, sofrendo as todas consequências da gestão das diversidades. O formato de liderança, de gestão de pessoas, controle, de gerenciamento de resultados e do fluxo financeiro deverá ser reavaliado e  reinventado.

Faremos o caminho inverso da revolução industrial, quando as pessoas saíram de sua residencia para trabalhar nas fabricas. A nova empresa exigirá que o profissional volte a trabalhar de forma remota, provavelmente em sua residencia ou em um local de coworking, pois, para que ela seja competitiva, não poderá aplicar seu capital na centralização de suas atividades, muito menos com prédios e/ou escritórios físicos.

Ela existirá muito mais no mundo virtual e muito menos no mundo físico. Não haverá fronteiras para o fluxo de produtos e nem para o fluxo do conhecimento.

A forma de remuneração de seus colaboradores e parceiros também será diferente, possivelmente, a remuneração acontecerá por projeto, onde algumas vezes o profissional será o líder, e em outras será liderado.

Os atributos para a empregabilidade também muda. Serão necessários profissionais que lidam bem com o relacionamento através do mundo virtual, auto-motivados, disciplinados, principalmente devido a ausência de horários de trabalhos fixos, e com boa capacidade de trabalho de forma remota.

Ter fluência na língua inglesa, nem se fala, pois, isto hoje já é um requisito básico para se manter no mercado.

Como que a empresa irá reter os talentos? Com certeza não é no formato atual. Hoje este processo esta muito mais voltado para "aprisionar" os talentos através de benefícios diferenciados, o que os americanos chamam de "algemas de ouro".

A nova empresa para atrair os talentos deverá ser inovadora, voltada para atividades de negócio que tenham como objetivo ganhar dinheiro com a melhoria da qualidade de vida da sociedade e com a proteção do meio-ambiente.

Também deverá ser uma usina de nova ideias e novos negócios, permitindo e motivando que seus colaboradores e parceiros atuem com se estivessem em uma incubadora. Promovendo que possam trabalhar em suas ideias, correr o risco da inovação, apresentando a ideia formatada e estruturada para um conselho da empresa, a qual se aprovada, receberá capital e tempo para seu desenvolvimento.

Com certeza será um novo mundo corporativo, a mudança já começou. O profissional ou a empresa que ainda não percebeu isto, deve ter muito cuidado, pois, quando isto acontecer poderá ser tarde!







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Comentários

2 comentários:

  1. Excelente matéria e utilizamos como uma fonte de informação muito importante neste momento para todos nós e para que dê alguma forma possa nos manter por dentro da realidade momentânea do país. Obrigada por mais este conhecimento!!

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