Friday, December 23, 2016

Se for empreender, cuidado!

O desemprego não tem sua causa somente pela crise econômica por qual o Brasil passa, ela também é estrutural. Alguns profissionais, principalmente os mais seniores, terão dificuldades para se recolocar, na realidade acredito que muitos não conseguirão.
Em momentos como este sempre vem a vontade de empreender, ser dono de seu “próprio nariz”, não depender mais do salário e nem do chefe.
Sim, para muitos profissionais esta será a única saída, mas muito cuidado, pois é um processo que requer muita resiliência, auto-motivação, paciência, força de vontade, e perseverança.
Não espere vida fácil, esqueça férias, prepare-se para uma jornada de trabalho de mais de 10 horas, sete dias por semana, 12 meses por ano.
Aqui vão algumas dicas para facilitar este processo:
1.     Procure algum negócio que você goste, pois quando gostamos do que fazemos tudo fica mais fácil,
2.     Tenha o seu orçamento doméstico na ponta do lápis, corte tudo que for supérfluo, simplifique, pois, por algum tempo, não menos do que 12 meses, você não terá nenhuma retirada, por isso, quanto menor o orçamento doméstico, mais capital para investir no empreendimento,
3.     Pense bem se for investir em uma franquia. Ter uma franquia não é certeza de sucesso e requer um bom capital inicial. Algumas vezes é preferível iniciar um negócio próprio a seguir para uma franquia,
4.     Se você tem uma boa ideia, lembre-se que sem ação ela continuará sendo uma boa ideia. Estude, avalie e elabore um planejamento detalhado, incluindo um fluxo de caixa estimado,
5.     Alguns não poderão errar, não terão nem tempo e nem dinheiro para isto, então seja humilde e reconheça que uma ajuda especializada poderá economizar e evitar um monte de dor de cabeça,
6.     Tenha um plano de negócio, e siga o plano,
7.     Não desista no primeiro obstáculo, se você acredita em seu negócio, persista e siga em frente, contudo tenha de forma transparente o momento de pular fora,
8.     Se inspire nos casos de sucesso do empreendedorismo, faz bem e é positivo, mas saiba que muitos erros e perdas acontecem antes do sucesso,
9.     O faturamento é importante, mas, mais do que ele, persiga o lucro e a geração de caixa positiva,
10. Não misture o dinheiro da empresa com o dinheiro pessoal.
Boa sorte!

Monday, October 17, 2016

Empreender requer uma boa ideia, planejamento e resistencia ao risco.

Muitos profissionais neste exato momento estão pensando em ter seu próprio negócio. Alguns, imaginando que é uma saída para o desemprego, outros já planejando seu plano B.

Não importa qual seja a motivação, os cuidados preliminares devem ser os mesmos.

Inicialmente o candidato a empreendedor deve conhecer qual é sua capacidade de resiliência e qual é o seu apetite ao risco, pois empreender é saber conviver com o risco. Veja o post de novembro de 2013 onde detalho 20 questões que devem ser respondidas antes de iniciar o empreendedorismo.

Também é importante saber se você tem perfil para o empreendedorismo, pois existem pessoas que, apesar de tecnicamente capacitado e de ser um executivo de sucesso, não tem características para empreendedor. Você pode avaliar lendo o post de outubro de 2013.

Outra coisa, não acredite em tudo que ouve. É normal, quando queremos empreender, participar de reuniões e eventos com empreendedores de "sucesso", que falam de como são bons, e como foram felizes em suas escolhas. 

Lógico que é importante estudar os empreendedores e empreendimentos de sucesso, isto é bom e saudável, mas procure ouvir ou ler sobre aqueles que realmente tiveram sucessos consistentes e comprovados.

Saiba que você precisa ter mais do que uma excelente ideia! Tem que ter um bom e estruturado plano para colocar a sua ideia em ação. Esteja preparado para pedir conselhos, isto pode evitar alguns contratempos e algumas  dores de cabeça.

Esteja preparado para alguns insucessos, isto faz parte do processo de empreender e também é importante para o aprendizado.

E por último, empreender é um trabalho de 24 horas, 7 dias por semana, e férias, pelos menos nos anos iniciais, não existe no dicionário do empreendedor.

Mas de qualquer maneira, apesar de todas as dificuldades, empreender é muito gratificante!

Boa sorte! 







    


Sunday, October 2, 2016

Não procure emprego, procure a empregabilidade!

Em 2020 deverá haver sete vezes mais aparelhos conectados do que a quantidade de pessoas no mundo, o que indica uma tendência transformadora da sociedade (economia digital e mídias sociais), impactando também o ambiente corporativo.

Exigência de novas competências, mudanças demográficas, novas expectativas de valores em relação ao trabalho, aumento das redes colaborativas, descentralização das atividades corporativas e outros movimentos com forte impacto para a sociedade e corporação.

Com certeza a empresa do amanha não será como a empresa atual. Novas formas de operação, de fazer negócio, de organização, consequentemente a necessidade de um novo profissional.

Nestes momentos de mudança, o sucesso para a empregabilidade é se antecipar às mudanças, fazendo uma leitura deste novo ambiente, identificando as novas necessidades de qualificação profissional (conhecimento, habilidade e competência), e a partir disto, elaborar um plano para obter estes novos atributos.

As corporações deverão ser cada vez mais virtuais, descentralizadas, operando através de conexões remotas, reduzindo com isto a necessidade de custos com grandes locais para trabalho. Um dos motivadores é que elas precisam manter sua vantagem competitiva. Atualmente uma empresa entra em qualquer mercado de forma virtual, precisando apenas entregar o serviço ou produto vendido.

Sua organização deverá ser muito mais matricial, não existindo mais do que dois níveis hierárquicos, o qual será flexível, isto é, em alguns momentos o profissional será o líder em outros liderado.

Ela deverá trabalhar com parcerias, o que é diferente da terceirização. Na parceria a empresa não compra um serviço, ela divide o resultado, seja ele lucro ou prejuízo.

A unidade de produção deverá estar localizada em países que ofereçam o melhor custo e benefício, o que tornará qualquer empresa mais globalizada. Países como o Brasil, com o atual sistema tributário e trabalhista, possivelmente não será o mais atrativo.

Na revolução industrial a população deixou o campo para ir para a cidade. Saiu de casa para trabalhar na fabrica. Agora estamos fazendo o caminho inverso, estamos saindo da cidade e indo para o campo, saindo da empresa para trabalhar em casa.

Alvin Toffler nos anos 40s, em seu livro a Terceira Onda já previa que existiria a cabana eletrônica, onde a pessoa poderia interagir na sociedade sem sair de casa. Acho que já atingimos este estagio.

Vejam que o que mudou a sociedade não foi a tecnologia da informação, mas sim, o comércio eletrônico. A web deixou o mundo pequeno, acelerando e democratizando as informações.

Uma nova complexidade nascerá para a gestão da governança neste novo ambiente social e empresarial, novos riscos, e organizações mais complexas.

Ao meu ver, o profissional para esta nova situação precisa no mínimo:

  • Ser generalista,
  • Visionário,
  • Conectado em todas as midias,
  • Auto-motivado,
  • Flexível para trabalhar matricialmente,
  • Focado em criar soluções,
  • No mínimo bilingue,
  • Comprometido com a ética e as melhores práticas,
  • Disciplinado na entrega dos serviços e/ou produtos,
  • Empreendedor,
  • Risk Taker,
  • Humilde e agregador,
  • Participativo e desenvolvedor,
  • Direcionado para trabalhar com pessoas. 

Creio que parte do desemprego atual é motivado pelos ajustes das empresas dentro desta visão. Muitos dos profissionais desempregados não deverão retornar para o mercado, pelo menos, não nas mesmas condições anteriores.

Para que você consiga se manter no mercado, não se preocupe com o emprego, mas com sua condição de empregabilidade. Não estou dizendo que você não precisa fazer um bom trabalho, não é isto.

Se você estiver empregado, faça o seu melhor, esteja comprometido com a empresa, mas, nunca deixe de olhar o que o mercado esta precisando! Não fique em sua zona de conforto, pois, as posições estão cada vez mais voláteis. Você dorme empregado e acorda desempregado.

Seja feliz!
 
 



 

 

Tuesday, August 9, 2016

Não existe atalho para o sucesso!

Muitas pessoas acreditam que ter sucesso é uma questão de sorte, e sabe de uma coisa, não deixam de ter uma certa razão. O ponto é que para alcançar o sucesso, devemos estar no lugar certo na hora certa, e para isto o esforço e a perseverança são requisitos incontestáveis.

Uma das regras para ser prospero e alcançar o sucesso é se dedicar, estudar e trabalhar muito acima da média normal, não existe atalho para ser bem sucedido, não acredite que o caminho será fácil, pois não será.

Também não é de todo ruim, pode até ser prazeroso, tem que ter foco e resiliência!

Muitos sabem o que tem que fazer, mas para a maioria das pessoas existe uma longa distancia entre saber e fazer. Ter uma ideia sem ação, é no mínimo o mesmo que não ter nada!

Sim, você precisará trabalhar mais do que oito horas, terá que mudar sua visão e também o seu comportamento, e qualquer mudança sabemos que é difícil, pois temos que sair de nossa zona de conforto e muitas vezes confrontar algumas verdades e alguns paradigmas que nortearam sua vida até agora.

Apesar de todas as dificuldades que você irá encontrar neste caminho, manter o pensamento positivo é uma ótima alternativa para combater o desanimo e as ideias de desistência. Este é o momento que você deverá intensificar sua capacidade de criar oportunidades, é ir além do óbvio, trilhar novos caminhos, inovar!

Muitos irão querer desmotiva-lo, não preste atenção as estas pessoas, mantenha foco em seu objetivo e seja paciente. Se você quiser prestar atenção em alguém, estude as pessoas que tiveram sucesso e aprenda com eles.

Antes do sucesso virão muitas derrotas. Isto é aprendizado e amadurecimento.

Lembre-se o sucesso depende somente de você, de mais ninguém,  então chegou a hora de sair de seu comodismo e entrar em ação!

Seja feliz!








Tuesday, May 10, 2016

A empregabilidade no novo mundo corporativo.

Vivenciamos uma profunda mudança na sociedade e consequentemente no ambiente corporativo. Esta mudança é tão grande e profunda que afetará a forma como vivemos, como nos relacionamos e como trabalhamos.

As empresa passam por um momento delicado, pois as mudanças no mundo corporativo e dos negócios acontecem em uma velocidade maior do que sua capacidade de reação.

 O mesmo acontece com os profissionais que ainda não se conscientizaram que o mundo mudou e que os requisitos e atributos para o sucesso e sustentabilidade profissional são outros.

A crise econômica interna que enfrentamos, apesar de todas as consequências negativas que ela traz, também tem seu lado positivo, pois ela nos "motiva" a sair de nossa zona de conforto.

Estes momentos de incertezas tem forte impacto para os profissionais que estão empregados, bem como com para aqueles que estão a busca de uma nova posição. Para ambos é um momento de reflexão e compreensão, pois o seu sucesso dependerá do entendimento de como será esta nova dinâmica no cenário corporativo, principalmente quanto a estrutura organizacional e o relacionamento com a força de trabalho.

A nova empresa, na era do conhecimento, será muito mais matricial, virtual, flexível e estruturada através de parcerias globais, sofrendo as todas consequências da gestão das diversidades. O formato de liderança, de gestão de pessoas, controle, de gerenciamento de resultados e do fluxo financeiro deverá ser reavaliado e  reinventado.

Faremos o caminho inverso da revolução industrial, quando as pessoas saíram de sua residencia para trabalhar nas fabricas. A nova empresa exigirá que o profissional volte a trabalhar de forma remota, provavelmente em sua residencia ou em um local de coworking, pois, para que ela seja competitiva, não poderá aplicar seu capital na centralização de suas atividades, muito menos com prédios e/ou escritórios físicos.

Ela existirá muito mais no mundo virtual e muito menos no mundo físico. Não haverá fronteiras para o fluxo de produtos e nem para o fluxo do conhecimento.

A forma de remuneração de seus colaboradores e parceiros também será diferente, possivelmente, a remuneração acontecerá por projeto, onde algumas vezes o profissional será o líder, e em outras será liderado.

Os atributos para a empregabilidade também muda. Serão necessários profissionais que lidam bem com o relacionamento através do mundo virtual, auto-motivados, disciplinados, principalmente devido a ausência de horários de trabalhos fixos, e com boa capacidade de trabalho de forma remota.

Ter fluência na língua inglesa, nem se fala, pois, isto hoje já é um requisito básico para se manter no mercado.

Como que a empresa irá reter os talentos? Com certeza não é no formato atual. Hoje este processo esta muito mais voltado para "aprisionar" os talentos através de benefícios diferenciados, o que os americanos chamam de "algemas de ouro".

A nova empresa para atrair os talentos deverá ser inovadora, voltada para atividades de negócio que tenham como objetivo ganhar dinheiro com a melhoria da qualidade de vida da sociedade e com a proteção do meio-ambiente.

Também deverá ser uma usina de nova ideias e novos negócios, permitindo e motivando que seus colaboradores e parceiros atuem com se estivessem em uma incubadora. Promovendo que possam trabalhar em suas ideias, correr o risco da inovação, apresentando a ideia formatada e estruturada para um conselho da empresa, a qual se aprovada, receberá capital e tempo para seu desenvolvimento.

Com certeza será um novo mundo corporativo, a mudança já começou. O profissional ou a empresa que ainda não percebeu isto, deve ter muito cuidado, pois, quando isto acontecer poderá ser tarde!







Thursday, March 31, 2016

Um novo mundo corporativo, estamos preparados?

Estamos passando por uma grande ruptura em todos os sentidos da vida, seja no ambiente social ou no ambiente profissional. As verdades de ontem, já não são as de hoje, e com certeza não serão as de amanha.

Precisamos entender que historicamente a civilização é cíclica, podemos visualizar este ciclo como sendo uma parábola: ela sai do caos, vai amadurecendo, criando sabedoria, atinge o seu ápice, entra no comodismo e então inicia um caminho descendente, perdendo momentaneamente a noção dos valores, impactando negativamente na moral e na ética.

Cada final de ciclo é definido por uma grande crise econômica, ou por uma guerra mundial, ou então pela conjunção de crise econômica com uma guerra de grandes proporções.

Neste momento, a sociedade, insatisfeita com o "status quo", parte para a inovação em todos os sentidos, sejam eles bélicos, novas formas de comunicação, de fazer negócio, de tratar o dinheiro e também criando um novo modelo politico e econômico.

No meu entender estamos justamente neste ponto, estamos passando por este momento de transição. É um momento de profundas mudanças, onde uma nova e melhor sociedade emergirá como resultado deste "caos".

É importante notar que sempre existe uma evolução em todo este mecanismo; com certeza, a sociedade contemporânea é melhor do que o auge da sociedade do século XVII, e assim por diante. Sempre evoluímos, nunca regredimos.

Gosto de fazer uma comparação dos tempos de hoje, com o que aconteceu pós melhoria da maquina a vapor por James Watt em 1765, o qual tornou a maquina mais eficiente e com um custo menor, permitindo a sua utilização em diversas aplicações, principalmente na industria, permitindo a fabricação em maior volume, quando comparado com a produção manual. Conceitualmente, a maquina a vapor permitiu fazer mais rápido e em maior volume aquilo que era produzido manualmente. 

O mesmo aconteceu com os sistemas de processamento eletrônico, o qual permitiu um maior processamento dos dados em volume e velocidade, quando comparado com as atividades de processamento manuais.

No caso da maquina a vapor, o grande impacto para a sociedade, foi a estrada de ferro, a qual encurtou as distancias, melhorou a comunicação e o deslocamento dos indivíduos e dos produtos, abrindo novas fronteiras comerciais. 

A consequência, em um primeiro momento, foi uma grande migração do campo para as cidades, onde se localizavam as fabricas, pois estas precisavam de mão de obra. As cidades, por sua vez, não estavam preparadas para este aumento populacional, criando problemas de moradia, saúde e aumento da violência. 

Este foi o movimento que fez as pessoas saírem de casa para trabalhar.

Estamos passando por algo parecido e não é pelos sistemas de processamento eletrônico, mas sim pela internet. É o comércio eletrônico, através da internet que esta mudando a sociedade. Ela democratizou a informação, encurtou as distancias, quebrou barreiras e fronteiras, e criou um processo de convergência sem volta.

É justamente este movimento que esta mudando toda uma sociedade, mudança irreversível na forma de comunicação, de interação social, bem como na forma de fazer negócios. É o movimento contrario do que aconteceu na revolução industrial, as pessoas estão voltando para trabalhar em casa.

As empresas denominadas progressistas já entenderam este movimento, e estão reduzindo sua presença física, e aumentando sua presença virtual. 

Empresas como conhecemos estão com seus dias contados, elas não serão economicamente viáveis. 

Provavelmente as novas empresas serão baseadas em parceiras, através de gestão de projetos remotos, com organização totalmente matricial, tendo como base uma plataforma virtual. A estrutura e dinâmica para criação de valores deverá estar associada a uma condição de melhoria para a sociedade.

O interessante é que ainda continuamos querendo gerenciar as empresas da era do conhecimento como gerenciávamos no período pós-revolução industrial. 

Acredito que esta resistência é resultado da miopia gerencial que esta presente na maioria das organizações. Jim Collins, em seu estudo sobre a razão do fracasso das grandes corporações, determina que a arrogância é uma das razões desta miopia.

As organizações e profissionais que quiserem fazer parte deste novo mundo, precisa repensar os processos de governança, as estruturas organizacionais, o modelo de liderança, a gestão de pessoas e/ou parceiros, e identificar as habilidades, conhecimentos e capacidade que serão necessárias para este novo ambiente.

As mudanças são profundas e as empresas e os profissionais que não entenderem e não se prepararem para este novo cenário, não sobreviverão! 





    

Friday, February 12, 2016

Empreendedor, nem todo problema é financeiro!

Como já comentamos em outros artigos, empreender não é uma tarefa simples. Ela requer uma grande dedicação do empreendedor na condução de suas atividades diárias.
Ele entra de corpo e alma na operação comercial e produtiva, mas esquece, ou melhor, acaba não tendo tempo para a atividade de “administrar” o empreendimento. É muito comum ouvir que a empresa está com problemas financeiros, contudo, quando nos aprofundamos na análise da atividade verificamos que o problema é operacional e não financeiro.
O “problema” financeiro é na realidade consequência de uma atividade operacional equivocada. Ele é o efeito e não a causa. Em minhas palestras sempre digo que a forma mais rápida de quebrar uma empresa é o crescimento sem os fundamentos para isto.
Logicamente uma empresa “quebra” por falta de caixa e não por falta de lucro. Caixa é fato, ou você tem dinheiro para pagar as contas, ou não tem! Lucro é simplesmente uma medida. 
Segundo o SEBRAE, 60% das micros e pequenas empresas não completam o seu quinto ano de vida, em sua grade maioria devido a falta de capital de giro.
Não cuidar da gestão da empresa é o maior erro que pode ser cometido pelo empreendedor.  Muitos acham que ter uma gestão estruturada, com controles internos, processos disciplinados e com medidores de desempenho é perda de tempo, é muito burocrático.  Ledo engano, estão com certeza, abreviando o tempo de vida de seu empreendimento.
Para o sucesso do empreendimento é muito importante que o empreendedor tenha uma visão clara da posição financeira da empresa, enxergando os resultados oriundos das operações de compra e venda, de seus passivos, da necessidade de capital de giro, e principalmente de seu fluxo financeiro.
Olhar somente para o faturamento, conhecer os custos somente na teoria, confundir saldo do banco com lucro, não contar com um modelo para formação de preço, ou a falta de relatórios de desempenho são erros recorrentes e encontrados na grande maioria de casos de insucessos ou de empresas com dificuldades.
De forma simples, o empreendedor deve ter uma visão completa e estratégica da operação. Para isto ele deve contar com um sistema básico de controle financeiro, o qual deve ser estruturado dentro da complexidade da operação, e o mais simples possível.
No mínimo, minha sugestão é que o empreendedor conte com as seguintes ferramentas para a gestão e controle:
  •       Demonstração de resultado: Este é um relatório contábil que como o nome diz, demonstra o resultado originado das receitas de vendas, deduzidas dos impostos, custos de produção ou comercialização, deduzidos das despesas operacionais para administração. Ele demonstra se a empresa teve lucro ou prejuízo, em certo período de tempo. 
  •       Posição do contas a pagar: Todas as obrigações devem ser listadas neste relatório, seja de fornecedor, prestadores de serviços, financeiros, impostos, valores provisionados de pagamentos recorrentes mensalmente, como aluguel, salários, energia etc. De preferência, demonstrando por período de desembolso. [
  •       Posição do contas a receber: É um relatório que demonstra todos os valores a receber por cliente, e por data de entrada no caixa.
  •          Fluxo de caixa real e previsto: Este é um dos mais importantes relatórios, mas é importante que seja elaborado com informações confiáveis. Ele demonstra a situação e a capacidade de caixa em um período pré-determinado. Ele é constituído de dados reais, isto é, contas a receber e contas a pagar já conhecidos e também com previsões, principalmente dos custos e despesas mensalmente recorrentes. Minha sugestão é que tenha uma visão de 30 dia diários e mais 60 dias, com visão mensal.  Com isto o empreendedor terá uma visão de 90 dias do seu movimento de caixa, de forma que exista tempo de reação para as ações requeridas para o equilíbrio do fluxo financeiro.

Se tiver alguma dificuldade, chame um profissional especialista para lhe ajudar neste processo. Posso garantir que este gasto não é uma despesa, e sim um investimento, o qual poderá lhe poupar muita dor de cabeça no futuro.
Seja feliz!



Friday, February 5, 2016

O desemprego faz parte da vida do profissional. Confie em você!

O desemprego faz parte da vida de qualquer profissional, principalmente em momentos de crise econômica como este que estamos passando.

Não é uma situação simples, ser demitido tem profundo impacto para a pessoa, como também para seus familiares. Um sentimento de insegurança se instala. Aliado a isto vem uma mistura de surpresa, revolta, indignação e rejeição, contribuindo para o enfraquecimento de nossa autoestima.

O impacto da demissão, em um primeiro momento, faz você perder o chão, depois leva você a ficar paralisado por um tempo.  O importante é que este tempo seja o mais curto possível.

Um novo emprego não irá cair do céu. Você precisará ir à luta, e para isto, você tem que se recompor, precisa serenar seu coração, e o mais importante, confiar e acreditar em você!

Atualmente a demissão nada tem haver com a qualidade profissional, todos nós sem exceção estamos a mercê de passar por isto, então não se apequene e nem se sinta menosprezado.

Levante a cabeça e siga em frente. Aproveite este tempo para refletir sobre sua vida profissional, reveja seus objetivos, acertos e erros, redefina os objetivos e trace um plano.

Você precisa se manter motivado e concentrado no processo de busca de um novo emprego, e isto é um trabalho árduo, e pode levar algum tempo. Não disperse sua atenção, e nem perca as esperanças!

Por diversas vezes você irá se sentir cansado, desmotivado e descrente, mas mantenha-se calmo e equilibrado, estes momentos passam.

O segredo é confiar e trabalhar, e logo você estará empregado.


Quando isto acontecer, não se esqueça destes momentos, pois este é um aprendizado que o profissional deve levar para o resto da vida! 

Thursday, January 21, 2016

Cuidado em empreender na crise!

Empreender é parte integrante de qualquer sociedade, seja em mercados desenvolvidos ou nos emergentes. Podemos dividir o movimento de empreender com base em seu fator de motivação, de forma que, temos o empreendedor motivado pela oportunidade, e o empreendedor motivado pela necessidade.

No primeiro caso, empreender por oportunidade, o processo é melhor estruturado, planejado e executado respeitando um tempo maior de maturação para o inicio de retorno do capital investido.

Empreender por necessidade, é o movimento que tem um crescimento importante,  quando nos deparamos com uma crise econômica ou retração de mercado, onde as pessoas procuram empreender como resposta ao desemprego.

Esta segunda forma de empreender tem uma tendência maior de não ter sucesso, pois, o individuo não se preparar e nem estrutura o negócio de forma apropriado. 

Aliado a isto, ele investe um capital, fruto muitas vezes do processo de rescisão, o qual tem um papel importante para a manutenção do empreendedor e de sua família. Pela emoção, se investe recursos de curto-prazo  em empreendimento com maturação e retorno a médio e longo-prazo, impactando negativamente no fluxo de caixa do empreendedor, podendo criar dificuldades de subsistência, do empreendedor e consequentemente do empreendimento.

Uma significativa parte, entre 50% a 60% das micro e pequenas empresas não chegam ao quinto ano de vida, muito devido a falta de preparo do empreendedor em planejar e controlar as operações.


Se me permite um conselho, não empreenda pela emoção e nem de forma tempestiva.  Primeiro concentre suas energias para conseguir uma nova colocação,  para que após isto, de forma paralela, você possa planejar e estruturar o seu empreendimento.