Vejamos este momento que acabamos de vivenciar, a passagem de ano, período este que é recheado de desejos, de planos, promessas, objetivos e esperanças, que na maioria das vezes, se acabam como os fogos de artifícios que iluminam o momento da virada!

Também não podemos esquecer as crendices populares para trazer sorte, como por exemplo: vestir branco, saltar ondas, comer lentilha e outras coisas mais.

Tudo isto é válido, pois nos faz acreditar que as coisas ruins ficaram no passado, trazendo a esperança de dias melhores no ano que se inicia. Outro dia li em uma crônica, em uma revista periódica, que faz todo o sentido. O autor diz que quem inventou este negócio do final do ano é um gênio, pois o período de doze meses é o limite para o ser humano esgotar sua energia, e que, a concepção do ano novo, nos reabastece, trazendo a esperança de volta, o que é a pura verdade!

Na realidade, nada acontece de diferente, a vida continua neste novo ano, como terminou no ano anterior. O que na verdade muda é que a crença de que os próximos doze meses serão melhores, nos renova a energia e nos traz mais ânimo para enfrentar as dificuldades do nosso caminhar.

Hoje  é o segundo dia de janeiro de 2014, e muitos que estão lendo este post já esqueceram as promessas que fizeram para este novo ano, não é verdade?

Se realmente queremos alguma mudança, está mudança deve acontecer internamente, e para isto devemos comemorar não a passagem do ano, e sim a passagem de um dia para o outro! Todas manhãs devem ser celebradas, pois temos a oportunidade de mudar nossas atitudes e sentimentos, podemos ser melhor do que fomos no dia anterior, podemos aprender, vivenciar e agir. 

Sócrates disse aos seus alunos, mais de 2500 anos atrás, que  existem algumas diretrizes que devemos manter por todos os dias de nossas vidas, que são:

1 - Mantenha-se interessado na verdade, e somente na verdade.

2 - Certifique-se que sua alma é tão boa quanto possível.

E ele complementa que para se ter uma alma boa, devemos cultivar e manter as quatro virtudes, denominadas por ele, de “valores fundamentais”, que são: prudência, temperança, coragem e justiça. E ele explica que:

a. Prudência = é a capacidade de julgar entre as ações em um determinado momento;
b. Temperança = é praticar auto-controle, abstenção e moderação;
c. Coragem = é a capacidade de enfrentar o medo e a incerteza em todos os momentos, e
d. Justiça = é a moderação adequada entre auto-interesse e as necessidades dos outros.

Que em 2014 possamos cultivar estes valores fundamentais para uma vida e uma sociedade melhor !

Feliz 2014!